Manipulações de imagens em Photoshop










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Num piscar de olhos

Diversas vezes ao dia piscamos o olho. Em teoria, a cada piscada experienciamos um momento de completa escuridão. A cada minuto, temos 6 segundos de completa escuridão que, somados por toda a vida, seriam alguns anos passados no escuro, inconscientes mesmo estando acordados. Por que isso acontece? A idéia é que o cérebro interpreta a piscada, editando os momentos escuros da nossa experiência.

E por que piscamos? Não me refiro a piscadas induzidas, códigos de corte ou qualquer outra forma de comunicação. Qual seria a real razão daquela piscada involuntária? A maioria das pessoas vai acabar respondendo que piscamos para lubrificar o olho. Mas, se fosse isso mesmo, piscaríamos menos em ambientes mais úmidos ou piscaríamos mais em dias secos, por exemplo. Pois não é que cientistas testaram essa idéia, comparando a quantidade de piscadas de pessoas dentro e fora de saunas? Resultado: a umidade não afeta a frequência de piscadas.

Novos conceitos sobre o assunto surgiram de um “piscólogo” amador: Walter Murch, que escreveu o livro “In the Blink of an Eye”. Cinéfilos vão reconhecer esse nome. Walter é editor de filmes famosos, como O Poderoso Chefão. Sua atividade como editor consiste em retirar cenas que não serão usadas e unir pedaços do filme que foram gravados de forma independente. Quando assistimos a um filme editado e vemos as diversas tomadas, os vários ângulos de uma mesma cena, interpretamos tudo isso como se fosse um contínuo. Na realidade, a cena final é fruto de um árduo trabalho de edição.

Walter tem uma técnica especial para emendar cenas de um filme. O que ele faz é assistir a cena a ser editada diversas vezes seguidas e, intuitivamente, para a cena quando acredita que deva ser cortada e unida com outra parte. A intuição é confirmada repetindo-se o processo diversas vezes, até encontrar o momento exato em que acontece a maioria dos cortes.

Em cenas envolvendo pessoas, Walter notou que o momento do corte da cena é justamente quando o ator pisca. A partir dessa observação, ele criou uma teoria para o significado do piscar em humanos. Não seria induzido pela umidade do globo ocular ou ambiente, mas as piscadas funcionariam como uma forma de pontuação mental. Uma idéia certamente atraente, mas sem nenhuma base científica.

Mas dois pesquisadores japoneses, Tamami Nakano e Shigeru Kiazawa, resolveram testar essa hipótese experimentalmente. Eles fizeram o experimento com uma série de indivíduos, aplicando eletrodos nas pálpebras de cima e de baixo do olho de cada pessoa. Com a piscada, os eletrodos se aproximavam, produzindo uma corrente elétrica sensível o suficiente para que pudesse ser gravada pelos pesquisadores.

Os indivíduos assistiram a uma película enquanto eram observados. Cada um viu o mesmo filme três vezes. O filme escolhido foi Mr. Bean, uma comédia britânica com pouquíssimos diálogos verbais. A maioria das cenas cômicas são mudas, restando apenas o estímulo visual. Num filme de 2 horas, você perde algo em torno de 16 minutos piscando. O pior, nem percebemos que perdemos isso tudo.

Os resultados obtidos foram surpreendentes. Cada pessoa pisca nos exatos mesmos momentos ao ver o filme repetidamente. Pode-se prever quando uma pessoa vai piscar em cada cena. Mas mais estranho ainda, as cenas eram comuns entre diferentes pessoas. Ou seja, eles descobriram que a grande maioria das pessoas entravam em sincronia, piscando exatamente nos mesmos momentos do filme.

Para se ter uma idéia dos resultados, imagine a cena: você num cinema com 200 pessoas. Fica escuro, o filme rola e você começa a assistir. Na sua primeira piscada, outras 70 pessoas piscam exatamente ao mesmo tempo junto com você, inconscientemente, como asas de borboletas batendo ao mesmo instante.

A explicação parece ser que as pessoas se sincronizam de forma intuitiva com a história do filme. As piscadas tendem a acontecer entre cenas menos importantes, hiatos na história. A sincronicidade das piscadas aconteciam geralmente na conclusão de uma ação do ator. Por exemplo, numa das cenas Mr. Bean entra numa sala e fecha a porta. No momento exato em que o ator termina de fechar a porta, naquele milésimo de segundo, todo mundo pisca.

Cientistas afirmam que o cérebro não permite perder momentos importantes na história, usando a piscada como uma forma de pontuação do pensamento. A questão sobre o motivo da piscada ainda não foi respondida ou mesmo por quê piscamos de qualquer forma. Será mesmo que só conseguimos processar a vida em pedaços? Em curta-metragem?

Bom, talvez seja isso mesmo. Só processamos idéias curtas e precisamos de intervalos para “salvar” as idéias antes de começarmos a interagir com outras. A piscada seria o momento que o cérebro encontra para estocar a informação e seguir em frente. Certamente algo fundamental a ser descoberto sobre o cérebro e que pode trazer pistas sobre a evolução da cognição humana.

Será que a frequência das piscadas vem se alterando com as gerações? Como medir isso? Poderíamos usar filmes antigos ou teríamos que medir agora e esperar que alguém faça a comparação no futuro? E qual a diferença da frequência de piscadas entre nossos “primos” mais próximos, como chimpanzés e bonobos?

Fonte: G1 Notícias

O Dj mais frenético do mundo


O Dj já de certa idade mostra muita disposição,
se empolga e parece não ligar mais para a vergonha e resolve se soltar totalmente.

O Dj Der Guten Laune dá um Show!!!


O papagaio depressivo

Compraram o papagaio com a garantia que era um papagaio falador. Não calava a boca. Ia ser divertido. Não há nada mais engraçado do que um papagaio, certo? Aquela voz safada, aquele ar gozador.
Mas este papagaio era diferente. No momento em que chegou em casa, o papagaio rodeado pelas crianças. Dali a pouco um dos garotos foi perguntar ao pai:
- Pai, quem é Kierkegaard?
- O quê?
O Papagaio estava citando Kierkegaard para as crianças. Algo sobre a insignificância do Ser diante do Nada. E fazendo a ressalva que, ao contrário de kierkegaard, ele não encontrava a resposta numa racionalização da cosmogonia cristã. O pai mandou que as crianças se afastassem e encarou o papagaio.
- Dá a patinha, Louro.
- Por quê? – disse o papagaio.
- Como, por quê? Porque sim.
- Essa resposta não é aceitável. A não ser como corolário de um posicionamento mais amplo sobre a gratuidade do gesto enquanto...
- Chega!
- Certo. Chega. Eu também sinto um certo enfaro com a minha própria compulsão analítica. O que foi que disse o bardo? “O mundo está demais conosco.” Mas o que fazer? Estamos condenados à autoconsciência. Existir é questionar, como disse...
O pai tentou devolver o papagaio, mas não o aceitaram de volta. A garantia era de que o papagaio falava. Não garantiram que seria engraçado. E o papagaio, realmente, não para de falar. Um dia o pai chegou em casa e foi recebido com a notícia que a cozinheira tentara se suicidar. Mas como? A Rosaura, sempre tão bem disposta?
- Foi o papagaio.
- O papagaio?
- Ele encheu a cabeça dela. A futilidade da existência, a indiferença do Universo, sei lá.
Aquilo não podia continuar assim. Os amigos iam visitar, esperando se divertir com a conversa do papagaio depressivo. No princípio riam muito, sacudiam a cabeça e comentavam: “Veja só, um papagaio filósofo...” Mas em pouco tempo ficavam sérios. Saíam contemplativos. E deprimidos.
- Sabe que algumas coisas que ele diz...
- Eu nunca tinha pensado naquela questão que ele colocou, da transitoriedade da matéria...
Os vizinhos reclamavam. O negativismo do papagaio enchia o poço do edifício e entrava pelas cozinhas. Como se não tivessem bastante preocupações com o preço do feijão, ainda tinham que pensar na finitude humana? O papagaio precisava ser silenciado.
Foi numa madrugada. O pai entrou na cozinha. Acendeu a luz, interrompendo uma dissertação crítica sobre Camus que o papagaio – que era sartreano – fazia no escuro. Pegou um facão.
- Hummm. – disse o papagaio. – Então vai ser assim.
- Vai.
- Está certo. Você tem o poder. E o facão. Eu sou apenas um papagaio, estou preso neste poleiro. Mas você já pensou bem no que vai fazer?
- É a única solução. A não ser que você prometa nunca mais abrir a boca.
- Isso eu não posso fazer. Sou um papagaio falador. Biologia é destino.
- Então...
- Espere. Pense na imoralidade do seu gesto.
- Mas você mesmo diz que a moral é relativa. Em termos absolutos, num mundo absurdo nenhum gesto é mais ou menos moral do que outro.
- Sim, mas estamos falando de sua moral burguesa. Mesmo ilusória, ela existe enquanto determina o seu sistema de valores.
- Sim, mas...
- Espere. Deixe eu terminar. Sente aí e vamos discutir esta questão. Wittgenstein dizia que...

(Luís F. Veríssimo)

O tempo e as jabuticabas

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela
menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela
chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos
para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem
para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões
de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse

amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo."

O essencial faz a vida valer a pena.

Rubem Alves.

Blogueiros serão responsáveis por comentários anônimos

Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional tem como objetivo regular a atividade blogueira no país. A proposta 7.131, de autoria do deputado federal Gerson Peres (PP), foi apresentada em 14 de abril deste ano.

Pelo novo projeto, o usuário deverá ser obrigado a moderar comentários em seu site, sendo ele responsável por conteúdo anônimo. Assim, passará a responder por ações legais caso o comentarista original não possa ser identificado. Se a lei for aprovada o internauta que possui blog, mas estiver em desacordo, será condenado pelo Poder Judiciário a pagar uma multa que pode chegar a R$ 10 mil.

Além disso, todo responsável por uma página deverá estar identificado no site Registro.br com nome, identidade e CPF. A justificativa do projeto argumenta que, por não estarem regularizados, os blogs são mecanismos de difusão que podem ser utilizados para calúnia, injúria ou difamação.

O Deputado Federal Gerson Peres do Partido Progressista quer regredir alguns séculos no que se diz respeito a Liberdade de Expressão e criou o tal Projeto de Lei PL-7131/2010 que diz:

"Art. 3º As mensagens que contenham crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação – das pessoas serão de responsabilidade dos editores, proprietários e autores dos blogues, fóruns, e demais sítios de Internet com funcionalidades semelhantes, no caso de a mensagem contendo o crime contra a honra não permitir a identificação do autor."

Mas o tal projeto não para por aí, o tal projeto quer obrigar os blogs a moderar e identificar os comentaristas dos blogs:

§1º O ofendido por calúnia, injúria e difamação, sem prejuízo da ação penal competente, poderá demandar no juízo civil a reparação do dano moral.

"§2º Todos os blogues, fóruns, e demais sítios de Internet com funcionalidades semelhantes, são obrigados a instituir mecanismo de moderação de comentários.

"§3º O controle da postagem e prévia análise dos comentários é obrigação exclusiva de seu proprietário, autor ou editor."

{Caminhamos para o autoritarismo, isso é fato!}

Fonte: G1 Notícias

Mouse invisível é criado nos EUA

Sistema interpreta movimentos dos dedos por meio de laser infravermelho e câmera

Pranav Mistry, Pattie Maes and Liyan Chang, pesquisadores do Laboratório de Mídia do MIT (Michigan Institute of Massachusetts), nos Estados Unidos, conseguiram criar um mouse invisível por apenas R$ 35.

Usando um laser infravermelho e uma câmera de monitoramento, o sistema “sem mouse” registra e interpreta os movimentos da mão do usuário e os traduz em ações na tela, como o movimento do cursor e o clique nos botões, tecnologias que lembram muito o sistema do Wii, da Nintendo.

O feixe plano é direcionado acima da superfície da área usada pela pessoa. Quando o usuário imita o formato das mãos ao redor do mouse, como se estivesse realmente segurando um, o feixe é "quebrado" nos pontos em que cada dedo toca a superfície.

Depois, a câmera registra e interpreta as mudanças de formas na área e as traduz em movimentos ou ações, como o clique e o duplo clique.

Os desenvolvedores ainda estão melhorando os algoritmos de monitoramento e de reconhecimento para construir uma biblioteca de comandos, que deverão permitir vários tipos de movimentos além dos cliques.

O protótipo do sistema deverá custar apenas R$ 35 e pode ser visto em ação no vídeo abaixo:



Fonte: R7 Notícias

Dor de rejeição e vícios estão localizados na mesma área do cérebro

Paixão interrompida faz pessoa lutar contra sentimentos, atitude semelhante à de viciados.

A dor e a angústia sofrida pela rejeição do parceiro em um relacionamento amoroso pode ser resultado da atividade de partes do cérebro associadas ao vício, à motivação e a recompensa, segundo um estudo publicado no Journal of Neurophysiology.

Os resultados do estudo podem ajudar a entender porque sentimentos relacionados à rejeição romântica podem ser difíceis de controlar e, como consequência, causar introspecção e comportamentos extremos que vão do homicídio ao suicídio.

Isso porque, segundo os pesquisadores, suas descobertas fornecem provas de que a paixão “é um estado de motivação orientado para metas em vez de uma emoção específica e que seus resultados são consistentes com a hipótese de que a rejeição romântica é uma forma específica de dependência".

Aqueles que estão lidando com uma rejeição romântica podem estar lutando contra um sistema de sobrevivência que parece ser a base de muitos vícios, segundo a teoria.

No estudo, os pesquisadores usaram uma ressonância magnética funcional para gravar a atividade cerebral de 15 jovens, homens e mulheres heterossexuais que tinham tomado um fora recentemente, mas ainda estavam apaixonados pela pessoa que a rejeitou. A duração média desde o começo da desilusão até a inscrição dos participantes foi de 63dias e todos os participantes tiveram alta pontuação em um teste psicológico que mediu o grau de paixão sentida. Todos eles disseram que gastaram mais de 85% de suas horas vagas pensando na pessoa que o rejeitou e que ansiavam pela sua volta.

Ainda como parte do estudo, cada participante observou uma fotografia do seu ex e então completou um simples exercício matemático como forma de distraí-lo de seus anseios românticos. Por fim, viram outra foto, desta vez de um amigo. Com isso, os pesquisadores descobriram que olhar para fotografias dos ex-namorados estimulava mais áreas-chave dos cérebros dos participantes do que as fotos “neutras”.

Fonte: R7 Notícias.

Como falar de morte com seus filhos?

Especialista afirma que a criança não deve ser poupada quando o assunto é a morte.

Bater as botas, partir, falecer, ir para o andar de cima. Eufemismos não faltam para substituir a palavra "morte". Tão comum em nosso dia-a-dia, é um dos assuntos mais evitados entre as conversas. Falar de morte, muitas vezes, pode ser uma questão delicada. Mas como falar desse assunto com as crianças? Como dizer a elas que um parente próximo morreu?

Preparar uma criança para a perda de alguém deve fazer parte da vida de todos e ajudará a criança a aceitá-la melhor como um processo natural. Flores que secam e morrem, um animal de estimação que adoece e morre podem providenciar uma oportunidade para falar à criança desta inevitabilidade.

Transparência. Essa é a palavra-chave para que as crianças tomem contato com a morte, afirma a psicóloga Sandra Cristina Vieira. "Antes de falarmos em como comunicar a morte de uma pessoa para uma criança, devemos pensar em como nós encaramos a morte. Na sociedade ocidental, a morte é vista como uma coisa misteriosa, dolorosa e angustiante, da qual não devemos falar. Por isso muitas vezes não usamos a palavra "morte", e sim, outras expressões para nos referirmos a ela, afirma.

Ainda segundo a psicóloga, nos hospitais, por exemplo, os médicos, enfermeiros e funcionários, mesmo acostumados a lidar com a morte, utilizam expressões do tipo "o leito fechou" para se referirem a um paciente que morreu. "Isso é uma característica ocidental. Na Índia, por exemplo, a morte é considerada um fato bom, pois acredita-se que o morto passa para um lugar melhor".

Essa visão também é compartilhada por algumas religiões ocidentais, como o Espiritismo. A crença de que a vida é eterna e o corpo é passageiro pode facilitar o entendimento da morte. Mas, segundo a psicóloga, cada religião deve se adequar a tratar a morte de acordo com a crença que possui. "Ter um amparo religioso é importante para que os pais expliquem, dentro da lógica da sua religião, a questão da morte para os filhos", orienta Sandra.

Os equívocos

Uma das atitudes mais comuns nos casos de anúncio de morte é quando os pais falam que a pessoa partiu ou virou uma estrelinha. Segundo Sandra, as crianças começam a fantasiar e acabam gerando uma angústia. "Por que eu não vou mais ver aquela pessoa?", "Se ela virou uma estrelinha e foi para o céu, por que eu não posso ir também?" ou "Se o céu é um lugar bonito, porque as pessoas choram quando as outras vão para lá?".

Vários questionamentos surgem na cabeça das crianças, mas as respostas não vêm. Junto com a angústia, aumenta a ansiedade, que pode se transformar em depressão. "Se todo o processo não for bem explicado para as crianças, elas podem gerar fobias que podem acompanhá-las por toda a vida", assegura a psicóloga.

Possíveis sintomas nas crianças devido à morte não falada:

• Angústia;

• Ansiedade;

• Fobias;

• Excesso ou falta de sono - excesso pois a criança quer evitar aquela situação, e falta de sono para ficar em vigília para saber o que pode acontecer dali em diante;

• Desinteresse pela escola - com os sintomas acima, a escola vira uma coisa secundária;

• Insegurança - os pais mentiram em relação ao que aconteceu; falaram uma coisa, mas aconteceu outra.

Como agir?

Estar preparado para receber a notícia de morte pode ser o caminho para que esse momento seja menos traumático para a criança. A psicóloga explica que até clássicos da história infantil podem ser usados para desmistificar o tema da morte para as crianças.

"Na história da Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, a vovó morre após ser comida pelo lobo. Algumas versões mais atuais acabam iludindo as crianças, quando afirmam que caçador retira a vovó de dentro do corpo do lobo. Mas por que não fazer com que as crianças tenham esse contato com a morte nas histórias infantis?", questiona.

Sandra ainda diz que, apesar de acompanhar um enterro ser uma situação forte para uma criança, é uma situação que todas as pessoas presenciam alguma vez. "Se o primeiro contato com a morte de um ente próximo, for de forma transparente, o enfrentamento dessa situação com outras pessoas será menos doloroso. A morte faz parte da vida. Embora a gente não goste, é inevitável", conclui.

Fonte: www.acessa.com

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