Toda Honra e Toda Glória A ti SENHOR !

Entregar o nosso caminho ao Senhor? Confiar? Ele tudo fará? O que isto significa?

Todos nós temos a oportunidade de caminhar, ou seja, viver. Neste versículo encontramos uma comparação da vida com o caminho. Existem caminhos fácios, caminhos dificeis, caminhos complicados e "atalhos"... Enfim, podemos definir vários tipos de caminho. Todo o nosso caminho é determinado pelos nossos atos de hoje. O amanhã é fruto do agora, portanto o que tu viverás amanhã será fruto do que tu fizeste ontem e hoje. A tua vida será fruto das sementes que tu plantares hoje.

Quando a bíblia diz: "Entregue seu caminho ao senhor", Deus deixa bem claro que todos aqueles que se interessam em serem pessoas salvas e remidas pelo sangue do cordeiro, devem entregar-se ao Senhor. Entregar o viver, o agir e tudo aquilo que tu podes realizar.

"Confia Nele", Confiar em Deus é algo que poucas pessoas querem realmente fazer. Confiar implica em ser dependente. Não existe no reino de Deus pessoas que realizaram as suas vontades, existem pessoas que entregaram suas vidas ao Senhor e que confiam Nele. Pessoas que não se empenham em nada que não seja a boa e perfeita vontade de Deus para suas vidas.

"E Ele tudo fará", Você já ouviu aqueles lindos testemunhos da provisão ou do agir de Deus na vida de determinadas pessoas? Bom, este é o fruto da vida de um cristão verdadeiro. Quando entregamos o nosso caminho ao Senhor, tornamo-nos dependentes do seu agir, da sua provisão, enfim, tornamo-nos dependentes do Senhor em si! Ele, como um Pai que não despreza os seus filhos amados, entra com a provisão, com o agir e com sua benção sobre a vida daqueles que são fiéis a Ele. Confiança gera fidelidade!

PSICÒLOGO GRATUITO !

O novo recurso lançado pelo Ministério da Saúde para o Rio de Janeiro:
Psicoterapia à Beira Mar

Todos precisam desabafar ! Nem que seja com uma estatua rsrs.

Para quem não sabe, ou não entendeu a piada, essa é a estatua de Carlos Drummond de Andrade na Praia de Copacabana, onde além de sofrer roubos dos óculos de bronze, de turistas japoneses fotografando, de turistas de qualquer lugar do mundo o abraçarem e sentarem no seu colo, ele ainda tem um emprego de meio período como Psicoterapeuta para qualquer pessoa.

CULTURA HIP HOP !

Hip hop
Hip-hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1960 nos Estados Unidos como forma de reacção aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espécie de cultura das ruas, um movimento de reivindicação de espaço e voz das periferias.

História
O hip-hop emergiu no final da década de 1960 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam.

Elementos Dj
Operador de discos, que faz bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos, hoje o DJ é considerado um músico, após a introdução dos scratches de GradMixer DST na canção "Rock it" de Herdade Hancock, que representa um incremento da composição e não somente um efeito. O break-beat é a criação de uma batida em cima de composições já existentes, uma espécie de loop. Há diversos tipos de DJs: o DJ de grupo, de baile/festas/aniversários/eventos em geral e o DJ de competição.

MC
Mestre de Cerimônia, é o porta-voz que relata, através de articulações de rimas, os problemas, carências e experiências em geral dos guetos. Não só descreve, também lança mensagens de alerta e orientação, o MC tem como principal função animar uma festa e contribuir com as pessoas para se divertirem. Muitos MCs no início do hip-hop davam recados, mandavam cantadas e simplesmente animavam as festas com algumas rimas.

Graffite
Expressão plástica, o grafite representa desenhos, apelidos ou mensagens sobre qualquer assunto, feitas com spray, rolinho e pincel em muros ou paredes. Sendo considerado por muitos uma forma de arte, diferente do "picho", que têm outra função de apenas deixar sua marca, o grafite é usado por muitos como forma de expressão e denúncia.

Rap
O Rap é a expressão musical-verbal da cultura Hip Hop.
A origem do Rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 60 quando surgiram os Sound Systems, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos ‘toasters’, autênticos mestres de cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais prosaicos, como sexo e drogas. O Rap, assim como o pagode, é um ritmo mais comum entre os pobres.

break dance
Break Dance (B-boying, Popping e Locking), por convenção, chama-se todas essas danças de Break Dance ou B-Boying. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 60, quando a onda de música negra assolou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma em suas canções.

CLIMA E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Desde quando o Homem começou a conviver em grandes comunidades, ele alterou a natureza de forma a assegurar a própria sobrevivência e lhe proporcionar conforto. A agricultura, a pecuária e a construção de cidades etc. modificam diretamente a natureza. Assim transformando características geográficas como vegetação, permeabilidade do solo, absortividade e refletividade da superfície terrestre, além alterar as características do solo, ar atmosférico e das águas, tanto pluviais, fluviais como subterrâneas.
A alteração do espaço preexistente para a habitação humana, na criação de cidades e grandes metrópoles, causa variação climática de diversas formas. As grandes cidades e metrópoles possuem diferenças climáticas fundamentais das áreas de campo próximas. As temperaturas de verão e inverno são maiores, a umidade relativa é menor, a quantidade de poluentes no ar é muitas vezes maior, a quantidade de nuvens e nevoeiro e as precipitações são maiores que em áreas de campo próximas, já a velocidade dos ventos e radiação diminuem. Sendo assim pode-se concluir que as modificações no ambiente para a instalação de cidades densamente povoadas causam alterações no clima e na qualidade ambiental percebida.
Problemas como chuvas intensas e torrenciais, inundações, queda de morros, ventania em determinados locais, assim como instabilidade climática são causas do efeito criado pela alta densidade populacional e das transformações ambientais.
A poluição é muito freqüente em grandes cidades poluição do ar por produtos da combustão de combustíveis fósseis, contaminação das águas, por resíduos químicos, esgoto industrial e doméstico etc., poluição do solo causado por lixo urbano e industrial, resíduos despejados etc. , poluição sonora de pessoas e máquinas, poluição visual causada por propagandas, prédios etc. poluição térmica causadas pela pavimentação das vias públicas, prédios, equipamentos, pessoas etc.
Devido os problemas supracitados hoje as pessoas que habitam em grandes centros, adoecem muito mais que as que vivem na zona rural, tais doenças originadas não apenas pela vida estressante das grandes cidades, mas também pela péssima qualidade do ar, da água e da grande população de ratos e baratas que também fazem parte da presença desordenada do Homem.
Assim observa-se que a degradação ambiental urbana altera não apenas as condições climáticas locais, mas também agride o meio ambiente, poluindo-o de diversas formas e ao ser humano que nele habita resta conviver com um ambiente bastante inóspito e que muitas vezes pode levá-lo a doenças sérias e até a morte.
A arquitetura e o urbanismo devem considerar sempre fatores climáticos e ambientais para o projeto de residências, prédios ou cidades de forma a proporcionar não apenas conforto do espaço onde se convive e sim de todas as formas, térmico, lumínico, acústico da qualidade perceptível do ar, da água, do solo etc.
A arquitetura urbana não deve tornar a convivência em comunidades problema sérios aos seus habitantes.
Fonte: www.cabano.com.br
Degradação Ambiental
A superfície da Terra está em constante processo de transformação e, ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, o planeta registra drásticas alterações ambientais. Há milhões de anos, a área do atual deserto do Saara, por exemplo, era ocupada por uma grande floresta e os terrenos que hoje abrigam a floresta amazônica pertenciam ao fundo do mar. As rupturas na crosta terrestre e a deriva dos continentes mudam a posição destes ao longo de milênios. Em conseqüência, seus climas passam por grandes transformações. As quatro glaciações já registradas - quando as calotas polares avançam sobre as regiões temperadas - fazem a temperatura média do planeta cair vários graus. Essas mudanças, no entanto, são provocadas por fenômenos geológicos e climáticos e podem ser medidas em milhões e até centenas de milhões de anos. Com o surgimento do homem na face da Terra, o ritmo de mudanças acelera-se.
Agentes do Desequilíbrio
A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento. A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos.
Crescimento populacional
O aumento da população mundial ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente. Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos. A urbanização multiplica esses fatores de desequilíbrio. A grande cidade usa os recursos naturais em escala concentrada, quebra as cadeias naturais de reprodução desses recursos e reduz a capacidade da natureza de construir novas situações de equilíbrio.
Economia do desperdício
O estilo de desenvolvimento econômico atual estimula o desperdício. Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais utilidades são planejados para durar pouco. O apelo ao consumo multiplica a extração de recursos naturais: embalagens sofisticadas e produtos descartáveis não-recicláveis nem biodegradáveis aumentam a quantidade de lixo no meio ambiente. A diferença de riqueza entre as nações contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infra-estrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo. A necessidade de aumentar as exportações para sustentar o desenvolvimento interno estimula tanto a extração dos recursos minerais como a expansão da agricultura sobre novas áreas. Cresce o desmatamento e a superexploração da terra.
Lixo
Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos eletroeletrônicos. As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta anos para se decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos. Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm servindo de depósito para esses resíduos.
Resíduos radiativos
Entre todas as formas de lixo, os resíduos radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Mesmo depois de esgotarem sua capacidade como combustível, não podem ser destruídas e permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos. Despejos no mar e na atmosfera são proibidos desde 1983, mas até hoje não existem formas absolutamente seguras de armazenar essas substâncias. As mais recomendadas são tambores ou recipientes impermeáveis de concreto, à prova de radiação, que devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis. Essas precauções, no entanto, nem sempre são cumpridas e os vazamentos são freqüentes. Em contato com o meio ambiente, as substâncias radiativas interferem diretamente nos átomos e moléculas que formam os tecidos vivos, provocam alterações genéticas e câncer.
Ameaça nuclear
Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo - a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas.
O mais grave, em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa.
O número de pessoas contaminadas é incalculável. No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos. Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em Goiânia, em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico.
Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a contaminação de duzentas. Submarinos nucleares afundados durante a Segunda Guerra Mundial também constituem grave ameaça.
O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram esse tipo de sucata.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.
A palavra e o conceito foram iniciados em 1866 pelo biólogo alemão Ernst Haeckel da palavra grega "oikos", que significa "casa", e "logos", que significa "estudo".
Para os ecólogos, o meio ambiente inclui não só os fatores abióticos como o clima e a geologia, mas também os seres vivos que habitam uma determinada comunidade ou biótopo.
O conjunto dos seres vivos e não-vivos que habitam um determinado espaço geográfico chama-se ecossistema. O conjunto dos ecossistemas da Terra é conhecido por biosfera.
O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.
Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático é a construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos.
As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação duns organismos por outros, a simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o parasitismo e outras (ver a página Relações Ecológicas).
Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao conceito da 'Ecologia Humana que estuda as relações entre o Homem e a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não só física, mas também social.
Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a disseminação do conhecimento sobre estas interações entre o Homem e a Biosfera.
A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, dentre elas a economia. Nosso modelo de desenvolvimento econômico se baseia no capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.
Mas quais são os efeitos que a redução da camada de ozônio pode trazer ao planeta, e aos seres humanos em particular?
A redução da camada de ozônio causa maior incidência dos raios ultravioleta, o que diminui a capacidade de fotossíntese nos vegetais e afeta as espécies animais. Nos seres humanos compromete a resistência do sistema imunológico e causa câncer de pele e doenças oculares, como a catarata.
Em 1975, um cientista chamado Mike McElroy, ao estudar os efeitos que adviriam de uma destruição da camada de ozônio, advertiu que isto poderia ser usado como uma nova arma de guerra. Um composto químico como o bromo, se lançado deliberadamente na atmosfera, daria origem a um buraco na camada de ozônio sobre o território inimigo, incapacitando pessoas desprotegidas e destruindo plantações.
Nós conseguimos perceber com os nossos sentidos uma parte da energia emitida pelo Sol, através da luz e do calor. Mas o Sol emite energia também fora da faixa que denominamos luz visível, e que não é portanto percebida pelos nossos olhos. A faixa "acima" da luz visível é chamada infravermelha e a faixa "abaixo" dela é chamada ultravioleta. "Acima" e "abaixo" significam comprimentos de onda de irradiação maiores ou menores. Mas isso não vem ao caso, o que interessa saber é que irradiações com comprimentos de onda menores contêm muito mais energia concentrada, sendo portanto muito mais fortes, ou, em outras palavras, muito mais perigosas. A natureza, sabiamente, protegeu o planeta Terra com um escudo contra a irradiação ultravioleta prejudicial. Esse escudo, a camada de ozônio, absorve grande parte da radiação ultravioleta perigosa, impedindo que esta chegue até o solo.
Toda a vida na Terra é especialmente sensível à radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 a 320 nanômetros. Tão sensível, que essa radiação recebe um nome especial: UV-B, que significa "radiação biologicamente ativa".
A maior parte da radiação UV-B é, pois, absorvida pela camada de ozônio, mas mesmo a pequena parte que chega até a superfície é perigosa para quem se expõe a ela por períodos mais prolongados. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provocaria um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Em setembro de 1994 foi divulgado um estudo realizado por médicos brasileiros e norte-americanos, onde se demonstrava que cada 1% de redução da camada de ozônio, desencadeava um crescimento específico de 2,5% na incidência de melanomas.
A incidência de melanoma, aliás, já está aumentando de forma bastante acelerada. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos anuais nos Estados Unidos praticamente dobrou; segundo a Fundação de Câncer de Pele, enquanto que em 1930 a probabilidade de as crianças americanas terem melanoma era de uma para 1.500, em 1988 essa chance era de uma para 135.Em 1995 já se observava um aumento nos casos de câncer de pele e catarata em regiões do hemisfério sul, como a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Patagônia. Em Queensland, no nordeste da Austrália, mais de 75% dos cidadãos acima de 65 anos apresentam alguma forma de câncer de pele; a lei local obriga as crianças a usarem grandes chapéus e cachecóis quando vão à escola, para se protegerem das radiações ultravioleta.
A Academia de Ciências dos Estados Unidos calcula que apenas naquele país estejam surgindo anualmente 10 mil casos de carcinoma de pele por causa da redução da camada de ozônio. O Ministério da Saúde do Chile informou que desde o aparecimento do buraco no ozônio sobre o pólo Sul, os casos de câncer de pele no Chile cresceram 133%; atualmente o governo fez campanhas para a população utilizar cremes protetores para a pele e não ficar exposta ao Sol durante as horas mais críticas do dia.
Além de tornar mais fáceis as condições para que os tumores se desenvolvam sem que o corpo consiga combatê-los, supõe-se que haveria um aumento de infecções por herpes, hepatite e infecções dermatológicas provocadas por parasitas.
A maior parte das plantas ainda não foi testada quanto aos efeitos de um aumento da UV-B, mas das 200 espécies analisadas até 1988, dois terços manifestaram algum tipo de sensibilidade. A soja, por exemplo, apresenta uma redução de 25% na produção quando há um aumento de 25% na concentração de UV-B. O fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha, assim como as larvas de alguns peixes, também sofrem efeitos negativos quando expostos a uma maior radiação UV-B. Já se constatou também que rebanhos apresentam um aumento de enfermidades oculares, como conjuntivite e até câncer, quando expostos a uma incidência maior de UV-B.
Ressalte-se que todos esses efeitos são ocasionados por um ligeiro acréscimo da radiação UV-B. Existe, contudo, um outro tipo de radiação ainda mais temível: a UV-C. A radiação UV-C apresenta comprimentos de onda entre 240 e 290 nanômetros e é (até agora) completamente absorvida pelo ozônio estratosférico. Sabe-se que a UV-C é capaz de destruir o DNA (ácido desoxirribonucléico), a molécula básica da vida, que contém toda a informação genética dos seres vivos. Nas palavras de John Gribbin, "ninguém é capaz de afirmar com certeza quais seriam as conseqüências de deixar essa radiação chegar até a superfície da Terra…"
A camada de ozônio tem, pois, uma importância crucial para a vida na Terra. Sua destruição equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta. A AIDS e a redução da camada de ozônio têm muito em comum. Ambos os acontecimentos retiram dos seres humanos a proteção previamente existente contra agentes prejudiciais à saúde. Num caso, a radiação ultravioleta maléfica, no outro, as doenças oportunistas que atacam o organismo debilitado pelo vírus HIV, causador da AIDS.A explicação da ciência, naturalmente, está longe dessa conclusão.
A tese mais aceita hoje em dia é que o buraco do ozônio foi causado pelo próprio ser humano, através da contínua emissão na atmosfera de um composto químico, o clorofluorcarbono, mais conhecido como CFC. O átomo de cloro desse composto é apontado como o vilão da história; alguns estudos sugerem que um único átomo de cloro é capaz de destruir cem mil moléculas de ozônio.
Até agora, os modelos matemáticos que tentaram prever o decréscimo futuro da camada de ozônio com base na quantidade de CFC existente na atmosfera falharam completamente. Os dados do satélite Nimbus 7 indicavam (até 1988) que o ozônio em latitudes mais setentrionais vinha desaparecendo quatro a seis vezes mais rápido do que o previsto nos modelos científicos.
Além disso, nenhum dos modelos previu a formação dos buracos sobre a Antártida e o Ártico, tampouco a redução do ozônio em latitudes médias. A NASA tentou esclarecer: "A habilidade da atmosfera em compensar as perdas de ozônio é menor do que pensávamos." O fato é que a redução da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de cloro na atmosfera. John Gribbin, por exemplo, apesar de concordar com a idéia do CFC, deixa algumas dúvidas no ar em seu livro O Buraco no Céu, conforme se depreende dos trechos transcritos abaixo:
"Tudo se encaixa logicamente, envolvendo o cloro e o ClO no desenvolvimento do buraco (ainda que haja muito pouco ClO abaixo de uma altitude aproximada de 16 km, e sejam necessários mais estudos de química e dinâmica para explicar o que está acontecendo ali). (…) Parece que estão nos dizendo [os dados coletados por satélite] que, ultimamente, a destruição do ozônio estratosférico vem acontecendo duas vezes mais rápido do que se pode explicar mediante a soma de todos os efeitos, desde CFCs e óxido nitroso até atividade solar. (…) Sem dúvida, parte disso [a redução do ozônio] pode ser devida a mudanças do Sol. (…) É possível que efeitos relacionados à alteração na atividade solar tenham ajudado a formar as condições especiais sobre a Antártida, que têm permitido que o buraco cresça tanto, em tão breve espaço de tempo."
Em 1987, 24 países assinam o Protocolo de Montreal, no Canadá, comprometendo-se a restringir à metade a produção de CFC até 1999. Em junho de 1990, a ONU determina o fim gradativo da fabricação de CFC até o ano 2010. No mesmo ano é criado o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, que pretende acabar com o uso de CFC no país até 2001. Entre 1988 e 1995, a utilização de CFC cai 76% no mundo inteiro. Os Estados Unidos, em 1994, substituem totalmente o produto, assim como vários países europeus. O Brasil reduz sua utilização em 31%. Mas, como o CFC leva anos para chegar à estratosfera, estima-se que a camada de ozônio só vai começar a se recuperar no final da década e não será totalmente reconstituída antes de um século. Em 1997 o consumo per capita de CFC nos países desenvolvidos havia caído de 300 gramas para 45 gramas, e geladeiras e aparelhos de ar condicionado já saíam de fábrica sem CFC. Nada disso fez a mínima diferença até agora.
A suposição de alterações na atividade solar como causa da redução da camada de ozônio não deveria ser negligenciada. A tempestade solar de 1972 acarretou um decréscimo de mais de 10% na concentração de ozônio da estratosfera. Um estudo mais detalhado mostrou que a destruição do ozônio sobre o pólo norte naquele ano foi de 16%. Ninguém ainda conseguiu estimar qual seria o efeito de uma outra explosão solar como a de 1972 agora, com os buracos nos pólos e a redução contínua do ozônio em diversas partes do globo.

PEDOFILIA NÃO! Veja como orientar seus filhos, dicas para sua criança ficar protegida na internet

Mas o que é pedofilia?

Existem várias definições. A psicanálise define a pedofilia como uma perversão sexual. Não é bem uma doença, mas uma parafilia: um distúrbio psíquico que tem como característica a obsessão por práticas sexuais não aceitas pela sociedade, como o sadomasoquismo e o exibicionismo. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a pedofilia como a ocorrência de práticas sexuais entre um indivíduo maior de 16 anos com uma criança na pré-puberdade (13 anos ou menos). A OMS não define a pedofilia como doença e o conceito acaba sendo abrangente: pode explicar desde práticas sádicas com crianças até a contemplação de fotos sensuais de adolescentes de 15 anos.

Pedófilo: A palavra de origem grega, paidóphilos, significa literalmente “amigo da criança”. Conforme o termo, a pedofilia deveria ser apenas um sentimento de amizade de um adulto por um ser humano ainda em formação. Na prática, os pedófilos têm as crianças como objeto do desejo, fonte de prazeres sexuais.

Como distinguir o comportamento das pessoas que estão próximas das crianças?

Mesmo com a divulgação de tantos crimes nos meios de comunicação, ainda é difícil ao leigo identificar o adulto que apresenta o desvio no comportamento sexual. O perigo é que o pedófilo pode ser o professor, o animador de festas, o técnico de futebol, o médico ou qualquer outra pessoa que tem fácil - e justificado - acesso ao universo infantil.

A pedofilia é conceito da área da psiquiatria que define uma perturbação mental no indivíduo. É resultado da história pessoal e de todo um contexto social. Os impulsos sexuais ocorrem de forma repetitiva e intensa durante um período de pelo menos seis meses, implicando geralmente na atividade sexual com uma criança. Esta característica o diferencia do popularmente chamado agressor sexual, que nem sempre é um pedófilo.

O abuso sexual, quando não é praticado por pedófilo, tem a característica de acontecer mais no ambiente doméstico. Normalmente é praticado pelo pai, padrasto, tio, avô ou pessoas próximas à família. Neste caso o agressor pode levar uma vida aparentemente normal. “O agressor sexual jamais se excitaria olhando a foto de uma criança tomando banho numa banheira. O universo psicológico dele envolve a sedução, a submissão daquela criança e pode envolver violência. Já os pedófilos, muitos deles recorrem à antiguidade grega para explicar seu comportamento, lembrando que a iniciação sexual da criança na Grécia era feita por um adulto, que nossas avós e bisavós se casavam aos 12 anos”.

O indivíduo classificado como pedófilo deve ter, no mínimo, 16 anos de idade. O diagnóstico não se aplica quando se trata de um indivíduo no final da adolescência envolvido num relacionamento sexual contínuo com alguém de 12 ou 13 anos. Na classificação por sexo, 98% dos pedófilos são homens e somente 2% são do sexo feminino. Outro dado divulgado é que 95% dos pedófilos são heterossexuais.

O perigo é a maneira dissimulada como se comporta o pedófilo. Eles desenvolvem verdadeiras “técnicas” para obter acesso às crianças. Muitas vezes o investimento começa na conquista da confiança da mãe da criança ou até mesmo no casamento com uma mulher que seja mãe de uma criança atraente. O tráfico de crianças e a adoção também são recursos aplicados, principalmente nos países miseráveis.

Outro alerta é que geralmente o pedófilo busca profissões que possam ter contato íntimo com crianças, como, monitores de acampamentos e clubes de lazer, professores, enfermeiros, médicos e outras. Normalmente ele usa como arma de sedução o suborno material ou afetivo. “O pedófilo tem uma sensibilidade grande em perceber o ponto fraco da sua vítima, explorando a curiosidade infantil e o interesse por atividades lúdicas”.

Tenha muito cuidado com as fotos de seus filhos no orkut. Coloque fotos apenas em que a criança esteja acompanhada de adultos, ou melhor, se quiser mostrar as fotos para parentes e amigos, prefira fazer um fotolog com senha. Assim só quem você permitir poderá ver as fotos.

É bom lembrar que orkut só é permitido para maiores de 18 anos. Mas se você quer permitir que seus filhos usem esse ou outros sites de relacionamento e salas de bate-papo, monitore regularmente. Outros cuidados sugeridos com o orkut de seu filho:
Oriente seus filhos a não adicionar pessoas adultas, que não sejam familiares ou amigas da família.

Cuidado com os fakes de crianças. Repare nas outras crianças que seu filho adiciona. Se não há familiares nas fotos, nos scraps ou nos depoimentos, e os recados são apagados, desconfie.

Atenção com os fakes de personagens infantis. Por trás deles pode esconder-se uma pessoa muito má-intencionada.

Cuidado com os “infantilistas”. São pessoas que têm “fetiche” de ser tratados como crianças. Muitos usam fotos infantis e adicionam crianças. Repare sempre nas comunidades das pessoas que a criança adiciona.

Monitore sempre o histórico de perfis e comunidades que seu filho visitou.
Uma sugestão para maior proteção de seu filho no orkut, coloque no perfil dele o link do seu próprio perfil ou de seu e-mail pessoal, com um aviso de que está monitorando diariamente os contatos de seu filho. Assim os pedófilos saberão que a criança está protegida e terão receio em assediá-la. Isso também facilitaria entrar em contato com você caso alguém queira alertá-lo sobre problemas com o orkut de seu filho.

O orkut criou novas ferramentas que bloqueia o recebimento de recados de desconhecidos e restringe a visualização do álbum de fotos apenas a amigos. Use-a para proteger seus filhos.
Desconfie dos perfis de pessoas adultas que tem a maioria dos amigos crianças. O Orkut é um site de relacionamentos, e por mais que goste de crianças, é estranho um adulto se relacionar apenas com elas.

Não permita que ele use a webcam sem sua presença.
Cuidado com as falsas agências de modelos divulgadas no Orkut. Não envie fotos e dados pessoais de seus filhos para pessoas desconhecidas sem antes pedir-lhes uma referência.

Se seu filho for assediado na Internet, DENUNCIE!

Como denunciar:

Por telefone: Disque 100 - Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Discagem gratuita em todo o território nacional.

Polícia: Em caso de flagrante, a polícia deve ser acionada imediatamente.

Conselhos tutelares: Os conselhos tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.

Varas da Infância e Juventude: Em municípios onde não há conselhos tutelares, as Varas da Infância e Juventude podem receber as denúncias.

Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente. Delegacias da Mulher também podem receber queixas.

Pela Internet :

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente http://www.cedeca.org.br/

Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet http://www.censura.com.br/

Departamento da Polícia Federal: aceita denúncia clicando em “fale conosco” em http://www.dpf.gov.br/

CPI da Pedofilia - secsweb@senado.gov.br

Rede Nacional de Direitos Humanos: http://www.rndh.gov.br/

Agência de Notícias dos Direitos da Infância: www.andi.org.br/denuncie

O que é GRAFFITE ?

Para muitos, o graffite é apenas uma "pichação evoluída". Para outros, é uma arte urbana. O fato é que ele está presente em diversas partes da cidade: banheiros públicos, fachadas de edifícios, muros, casas abandonadas, ônibus, metrô, orelhões, postes, monumentos públicos e outros lugares expostos. A palavra graffite tem origem na Itália e significa "escrita feita com carvão".Os antigos romanos escreviam assim, com carvão, manifestações de protesto, ou de qualquer outro cunho nas paredes das construções. Alguns desses grafites ainda podem ser vistos em sítios arqueológicos espalhados pela Itália.No final da década de 1960, jovens do Bronx, bairro de Nova York, (EUA), restabeleceram essa forma de arte usando tintas spray. O graffite seria uma das três manifestações artísticas do hip-hop, movimento nascido nos guetos americanos que reúne outras duas modalidades:o rap e o break. Os artistas do grafite costumavam escrever os próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas de ordem política ou questões sociais. No Brasil, as críticas ao graffite se devem às pichações de fachadas, monumentos, igrejas, e mesmo de residências. Para reverter esse problema, algumas cidades estão convidando artistas do graffite a participar de projetos que visam embelezar os locais públicos. Por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP) decidiu organizar a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, muitos deles ex-pichadores. O objetivo é profissionalizá-los com orientação de professores de artes plásticas e designers, de forma a exibirem seus trabalhos em painéis e muros especialmente destinados a esse fim.

SAIBA O QUE É A SINDROME DE DOWN, COMO PREVENIR, TRATAMENTOS, E COMO AJUDÁ-LOS

SINDROME DE DOWN

"A Síndrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum e a forma mais comum de deficiência mental congênita. Geralmente pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois, por suas características dismórficas, que variam entre os pacientes, e que produzem um fenótipo distintivo. Alterações faciais, olhos mais fechados, dificuldades de aprendizado, retardo intelectual, doenças no coração e dificuldades na audição. A criança que nasce com a doença deve ser estimulada por fisioterapia, fonoaudiologia e educação especial para ajudar no desenvolvimento e no aprendizado".A Síndrome de Down é uma doença genética, causada por um acidente que pode ocorrer no óvulo, no espermatozóide ou após a união dos dois (ovo), provocando uma alteração cromossômica. Ocorre quando crianças nascem dotadas de três cromossomos 21, e não dois, como é normal. Isso leva à produção exagerada de proteínas, o que acaba por desregular a química do organismo e provoca sérios problemas. A denominação da síndrome vem do sobrenome do médico inglês John Langdon Down, que no ano de 1866 fez uma observação interessante a respeito da existência de um grupo de pessoas na sociedade até então ignorado. Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com esta disfunção, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 600 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano.

Características da Síndrome de Down:
indivíduos com síndrome de Down apresentam certos traços típicos, como: cabelo liso e fino, olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos (semelhantes aos orientais), nariz pequeno e um pouco "achatado", rosto redondo, orelhas pequenas, baixa estatura, pescoço curto e grosso, flacidez muscular, mãos pequenas com dedos curtos, prega palmar única. A partir destas características é que o médico levanta a hipótese de que o bebê tenha síndrome de Down, e pede o exame do cariótipo (estudo de cromossomos) que confirma ou não a síndrome. A criança com síndrome de Down apresenta um desenvolvimento intelectual mais lento do que as outras. Isto não pode ser determinado ao nascimento. O comprometimento intelectual acarretado pela síndrome de Down não tem cura, pois trata-se de uma alteração genética. Pesquisas têm sido desenvolvidas nesse sentido, mas nenhum resultado foi encontrado ainda. É importante que uma criança com síndrome de Down participe, desde o maternal, de uma escola comum, pois será significativo para a sua sociabilização. E mais, a criança poderá seguir seu processo educacional nessa mesma escola, uma vez que a Constituição Federal garante esse direito. Tanto os profissionais, como a escola, deverão estar preparados para ter em suas salas de aula crianças com síndrome de Down.

A probabilidade de se gerar um filho com síndrome de Down é maior entre as mulheres que engravidam depois dos 35 anos. Quanto mais a mãe se mantiver saudável durante a gestação, maiores são as chances de gerar um filho sem a doença. Recentes pesquisas sugerem que o ácido fólico, um tipo de vitamina, seria capaz de reduzir as chances de que uma criança nasça com a doença. No mínimo dois meses antes de engravidar, é recomendável que a mulher coma espinafre, quiabo e feijão branco, cheios desse nutriente.Os pais devem fazer um aconselhamento genético, com especialista, quando já têm um filho com a síndrome de Down e pretendem ter mais filhos. Existem vários exames que podem informar, ainda durante a gravidez, se o feto tem síndrome de Down ou não, alguns com maior ou menor grau de confiabilidade.

Tratamento:
Até o momento não há cura. A Síndrome de Down é uma anomalia das próprias células, não existindo drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas para curá-la.Com os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de estimulação precoce que propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual, iniciando-se com 15 dias após o nascimento.
Incidência: Estima-se que a cada 550 bebês que nascem, 01 tenha a Síndrome de Down.
Mães que correm o risco maior de suas crianças nascerem com Síndrome de Down após:
menos de 35 anos
0,1%
de 35 a 39 anos
0,5%
de 40 a 44 anos
1,5%
acima de 45 anos
3,5%

Inclusão Social:
Embora atualmente alguns aspectos da Síndrome de Down sejam mais conhecidos, e a pessoa trissômica tenha melhores chances de vida e desenvolvimento, uma das maiores barreiras para a inclusão social destes indivíduos continua sendo o preconceito. No entanto, embora o perfil da pessoa com Síndrome de Down fuja aos padrões estabelecidos pela cultura atual - que valoriza sobretudo os padrões estéticos e a produtividade -, cada vez mais a sociedade está se conscientizando de como é importante valorizar a diversidade humana e de como é fundamental oferecer equiparação de oportunidades para que as pessoas com deficiência exerçam seu direito de conviver na sua comunidade.Cada vez mais, as escolas do ensino regular e as indústrias preparadas para receber pessoas com Síndrome de Down têm relatado experiências muito bem-sucedidas de inclusão benéficas para todos os envolvidos.A participação de crianças, adolescentes, jovens e adultos com Síndrome de Down nas atividades de lazer é encarada cada vez com mais naturalidade e pode-se perceber que já existe a preocupação em garantir que os programas voltados à recreação incluam a pessoa com deficiência.
Para garantir a inclusão social da pessoa com Síndrome de Down, devemos:
- Transmitir informações corretas sobre o que é Síndrome de Down. · Receber com naturalidade pessoas com Síndrome de Down em locais públicos.
- Estimular suas relações sociais e sua participação em atividades de lazer, como esportes, festas, comemorações e outros encontros sociais.
- Garantir que os responsáveis pela programação voltada ao lazer, à recreação, ao turismo e à cultura levem em consideração a participação de pessoas com Síndrome de Down.
- Garantir que os departamentos de Recursos Humanos das empresas estejam preparados para avaliar adequadamente e contratar pessoas com Síndrome de Down.
- Não tratar a pessoa com Síndrome de Down como se fosse "doente". Respeitá-la e escutá-la.

PSICOTERAPIA BREVE O QUE É ?

INTRODUÇÃO

Psicoterapia é o tratamento, por meio psicológicos, de problemas de natureza emocional, no qual uma pessoa treinada estabelece um relacionamento profissional com o paciente, com o objetivo de remover, modificar ou retardar sintomas existentes, interferir em padrões perturbados de comportamento, promover o desenvolvimento e crescimento positivo da personalidade.A Psicoterapia Breve é um tratamento de natureza psicológica, de inspiração psicanalítica, cuja duração é limitada, buscam obter uma melhora da qualidade de vida em curto prazo, escolhendo um determinado problema mais premente e focando os esforços na sua resolução.Dentre essas técnicas focais, uma que traz grandes benefícios em um prazo muito breve é o processamento de situações traumáticas por estímulos bilaterais (EMDR).Há três reações possíveis a uma situação de perigo. Lutar, fugir ou paralisar-se. A paralisia é um último recurso para manter-se vivo, como um animal acuado que se finge de morto. Mas, ao contrário do lutar ou fugir, ela impede o processamento da experiência produzindo um trauma.Uma experiência traumática não adquire um significado aceitável. Ela envolve uma intensidade de energia emocional, maior do que o organismo foi capaz de descarregar. Esse excesso de carga fica provocando o sofrimento.As técnicas mais modernas permitem verificar que pessoas traumatizadas têm uma atividade cerebral muito maior de um lado do cérebro do que do outro.A EMDR é um tratamento através de estímulos (visuais, auditivos, táteis) que facilitam o restabelecimento da comunicação entre os dois hemisférios cerebrais; vão se produzindo pequenas descargas suportáveis que possibilitam o processamento da situação e o alívio do sofrimento por uma re-significação da situação.Vítimas de situações catastróficas ou de abuso físico, sexual ou emocional, e pessoas com sintomas de fobia ou pânico, rapidamente se restabelecem com a EMDR. Há também as situações dos pequenos abusos de situações opressivas ao longo de anos a fio que podem ser beneficiadas por este tratamento.Mas percebe-se também que todos nós temos "trauminhas", situações difíceis ao longo de nossas vidas que não encontraram uma saída satisfatória, e que podem ser processadas desta forma para nos propiciar uma sensível melhora em nossa disposição. Essas situações podem produzir sintomas como depressão, estresse, ansiedade, pânico, fobia, desamparo e amnésia, como uma determinada época da vida que não deixou lembranças. A psicoterapia, em seu sentido genérico, como prática que se propõe a ajudar pessoas com sofrimentos psicológicos, mesmo que com distúrbios orgânicos (psicoterapia de pacientes com câncer, de coronarianos, ou mesmo de doentes mentais de causa orgânica ou bioquímica) se adaptará às novas ordens científicas, culturais e econômicas. Entre elas existe a tendência de comprovação científica (matemática) de resultados, mesmo que para isto se empreguem somente os critérios das ciências físicas ou biológicas e não, também, os das ciências humanas, onde as psicoterapias estão igualmente inseridas. Esta é uma pressão que, apesar dos protestos em contrário, implantará na psicoterapia do século XXI uma política de resultados. Outro fator de pressão para "resultados" situa-se na tendência do mundo ocidental especialmente do primeiro mundo, de submeter o atendimento médico aos seguros-saúde. Desta forma, as psicoterapias ficarão atreladas às companhias de seguro, privadas ou públicas, que exigirão psicoterapias breves, resultados objetivos e pouco dispendiosos. A Psicoterapia Breve Integrada coloca em dúvida o conceito de que para ajudar de modo eficaz um paciente seja sempre necessário um tempo prolongado. Através de uma abordagem psicoterapêutica mais dinâmica e flexível, essencialmente distinta da técnica psicanalítica tradicional, a Técnica Focal da P.B.I. possibilita que os objetivos terapêuticos sejam atingidos em prazo mais curto, através de um mecanismo denominado "Efeito Carambola", em que as mudanças em uma determinada área podem conduzir a alterações em outras áreas do comportamento do paciente. Baseia-se no modelo de abordagem integrada biopsicossocial e privilegia a visão psicodinâmica dos conflitos, permitindo a integração de diversas técnicas de diferentes abordagens psicoterapêuticas, além da utilização conjugada do tratamento psicofarmacológico. O termo "Psicoterapia Breve" teve origem na intenção de S. Ferenczi e O. Rank (discípulos de S. Freud), que em 1924 tentaram diminuir o tempo dos tratamentos psicanalíticos. Posteriormente, outros psicanalistas também fizeram importantes "transgressões" à técnica psicanalítica, sedimentando as características atuais da técnica de P.B.Atualmente enfatiza-se a perspectiva teórica psicodinâmica da Teoria dos Afetos. A denominação "breve" deve-se ao fato de que as características específicas de sua Técnica Focal permitem abreviar a duração do tratamento e também reduzir o número de sessões. A Técnica Focal da Psicoterapia Breve Integrada tem como objetivo ajudar o indivíduo na busca de soluções mais adaptativas aos seus problemas, dentro do tempo mais breve possível. É orientada para objetivos claramente delimitados e para mudanças legítimas nas vidas das pessoas e não somente para autoconhecimento e apoio.

1.1- TÉCNICA FOCALO. O objetivo da Técnica Focal não é atingir todos os aspectos de mudanças estruturais, mas sim, dar início ao processo e deixar o paciente suficientemente estabilizado de forma que possa dar continuidade a esse processo de crescimento através de outros relacionamentos em sua vida. O papel do terapeuta será o de catalisador nesse processo de facilitação de mudanças proporcionando Experiências Emocionais Corretivas.A Técnica Focal tem se provado extremamente eficaz em alguns transtornos mentais tais como: - Transtornos depressivos- Transtornos ansiosos- Transtornos de comportamento- Transtornos alimentares - Reações de ajustamento - Transtorno de estresses pós-traumáticoA técnica da P.B.I., baseia-se no princípio da flexibilidade, que permite a integração de diversas técnicas de diferentes abordagens terapêuticas, além dos recursos da psicofarmacologia.Tem objetivo delimitado e enfatiza a realidade objetiva. Utiliza-se dos Triângulos de Interpretação para a compreensão do psicodinamismo do paciente e também dos conceitos de Experiência Emocional Corretiva (E.E.C.) e de Efeito Carambola para a explicação dos mecanismos terapêuticos. Além disso, a técnica de P.B.I. se sustenta no que foi denominado em 1984 por Vera Lemgruber, de "Tríade da P.B".: Atividade do terapeuta, que se opõe à Regra de Abstinência, já que a atenção seletiva do terapeuta em P.B.I. contrapõe-se à atenção flutuante do psicanalista e evita-se o estabelecimento da Neurose de Transferência também através de interpretações que valorizem o vértice da realidade atual no Triângulo do Insight e do emprego de focalização através de interpretação, atenção e negligenciar seletivos em relação ao foco de trabalho previamente estabelecido e discutido pelo terapeuta com o paciente. Planejamento das estratégias terapêuticas a serem utilizadas e dos objetivos a serem atingidos, a partir da avaliação inicial e indicação terapêutica. É necessária uma avaliação prévia das condições internas e estrutura de personalidade do paciente, através de um diagnóstico nosológico (CID-10 e/ou D.S.M. IV) e de um diagnóstico psicodinâmico (com base no esquema dos Triângulos de Interpretação), pois nem todo paciente tem indicação para este tipo de técnica.Foco estabelecido através da compreensão do psicodinamismo do problema do paciente, obtida pela avaliação do Triângulo do Conflito, com base na Teoria dos Afetos. É importante para o terapeuta, na P.B.I., uma adequada avaliação das dificuldades do paciente e da gênese de seus problemas, para uma melhor compreensão dos conflitos psicodinâmicos. Dessa forma, apoiado numa sólida teoria de desenvolvimento psicológico, ele busca aumentar a probabilidade de propiciar Experiências Emocionais Corretivas.A Focalização impede a Regra Fundamental da Associação Livre da Psicanálise, mantendo o problema principal como o foco central do processo terapêutico. O paciente é levado a identificar e correlacionar seus problemas e dificuldades, com as situações de sua vida diária nas quais eles aparecem. Essas características essenciais distinguem a técnica da P.B.I. da técnica psicanalítica clássica, por se oporem às principais bases dessa.

1.2- EFEITO CARAMBOL. ACarambola é a expressão usada para identificar uma jogada de bilhar ou sinuca em que uma determinada bola ao ser impulsionada por um taco, gera movimento em outras bolas que não haviam sido atingidas diretamente mas que passam a mover-se impulsionadas pelo movimento gerado pela primeira bola.Por analogia à carambola do bilhar, o termo Efeito Carambola foi utilizado por Vera Lemgruber para expressar o mecanismo interno de potencialização dos benefícios terapêuticos obtidos através da técnica focal, com isso identificando a característica da técnica focal, na qual, ao se resolver o conflito focal circunscrito a uma determinada área da vida do paciente, outras modificações em diversos aspectos do indivíduo podem ocorrer, como reflexo de repercussões positivas da reformulação desse aspecto específico que foi focalizado e trabalhado durante a terapia. O Efeito Carambola encontra-se fundamentado nas neurociências. A partir das Experiências Emocionais Corretivas (E.E.C.) é possível uma formatação biológica do domínio psicológico da ordenação e construção da experiência. Com isso propicia-se o estabelecimento de novas redes de conexões neuronais. No processo psicoterapêutico, com o objetivo de promover essas experiências de reaprendizado que levam às modificações internas no modo como o indivíduo vê a si próprio e aos outros, um importante elemento da facilitação de mudanças é a E.E.C. "Efeito Carambola significa tornar um círculo vicioso em círculo virtuoso". (Comentário de um paciente após alta do tratamento de um episódio depressivo).

1.3- TEORIA DOS AFETOS. Essa espécie de "kit-básico de sobrevivência" tem vantagens adaptativas para o ser humano e pode ser classificado em 3 grupos: - Afetos inibidores: restringem ou limitam reações. - Afetos ativadores-reguladores: regulam experiência de separação e estabelecimento de limites e da intimidade. - Afetos ativadores-geradores de prazer: promovem interesse, conforto ou desejo sexual. O neurocientista A. Damásio ("Os Mistérios da consciência", 2000), ressalta a visão de Darwin sobre a evolução das emoções nos seres humanos, dizendo que, "do ponto de vista evolutivo, o problema de vida e sobrevida é fundamental e influenciou a forma de organização do cérebro humano, levando aos trilhões de sinapses cerebrais e redes nervosas que configuram a complexidade da mente humana". Para ele, o fato de o ser humano ter emoções é o que leva à criação do estado mental da consciência e permite ao ser humano ter pensamento, memória, imagem do self e comunicação. Porque os afetos são mais dinâmicos e menos fixos que os instintos e porque sua expressão é passível de modificação pela aprendizagem, a Experiência Emocional Corretiva (EEC) leva à possibilidade de mudança durante a psicoterapia pela reaprendizagem inerente ao processo psicoterapêutico.

1.4- TIPOS DE PSICOTERAPIA BREVE Assim, o primeiro ponto a ser determinado é o tipo de Psicoterapia Breve, pode ser classificada em três tipos básicos: a) Psicoterapia breve mobilizadora.Trata-se de um processo que tem como objetivo a evidenciação da ansiedade contida em processes mórbidos apresentados pelo paciente, mas que, devido a diversos fatores, ainda não se encontra apto (ou mobilizado) para se submeter a um processo psicoterápico. b) Psicoterapia breve de apoio.Trata-se, por sua vez, de um processo de ação terapêutica que tem como objetivo diminuir a ansiedade de um paciente que sofra de dificuldades emocionais, sejam elas de que origem for. Notadamente eficiente no acompanhamento de pacientes da área hospitalar cuja principal dificuldade está em lidar adequadamente com algum distúrbio somático que o levou ao hospital, seja clínico ou cirúrgico. c) Psicoterapia breve resolutiva.Destina-se a procurar a origem intrapsíquica que originou a situação de crise vivida pelo paciente com o objetivo de efetivamente resolver o quadro apresentado, com a resolução do problema. É o tipo de Psicoterapia Breve que tem em sua determinação o principal objetivo de uma psicoterapia que é óbvio ao meu ver, ser terapêutico, isto é, efetivamente tratar. Tendo então delimitado o campo em que se pretende trabalhar, isto é, o terapêutico, salientam-se algumas questões básicas como: as indicações dessa modalidade de tratamento, o problema da "focalização", a duração do processo, o prognóstico esperado e, destacadamente, a metodologia adequada a este tipo de processo. A prática da psicoterapia psicodramática clínica converteu-se, influenciada principalmente por modelos psicanalíticos, em um processo cada vez mais longo e mais amplo, do que inicialmente idealizara Moreno. Para Moreno, que sem assim o definir foi um grande defensor da Psicoterapia Breve, a psicoterapia psicodramática tem como meta a cura, a possibilidade de atingir o retorno do paciente às suas condições psíquicas anteriores ao transtorno apresentado, em um tempo mínimo, em que se consiga ajudar à pessoa a: a) Aceitar a realidade de seu ser-no-mundo, isto é, como a pessoa é e quais são as suas reais possibilidades de ser e agir; b) Penetrar no psiquismo da pessoa e ajudá-la na realização de si mesma, a continuar seguindo o caminho de sua vida que foi interrompido pelo estabelecimento de uma situação especial de "doença" (uma crise, por exemplo) e permitir que ela tenha domínio sobre suas próprias variáveis individuais. c) O objetivo deve ser reintegrar o "doente" na cultura a que pertence, ajudando-o a manifestar todo o seu potencial possível, restabelecendo seu potencial criativo e sua espontaneidade. Nos processes terapêuticos, o conto do "Patinho Feio", não importa ser "pato" ou "cisne", mas o importante é conscientizar-se que se está no "lugar errado" e que se quer ser "pato" quando se é "cisne" e vice-versa, muitas vezes perdendo a oportunidade de ser um "bom pato, se é pato" ou um "bom cisne, se é cisne". E assim se concentra a idéia de uma psicoterapia breve, isto é, a de procurar, ao lado do ser que sofre, encontrar a solução para a sua aflição, pesquisando no campo do "mundo externo", primeiramente, e a seguir no seu "mundo interno", as origens de seu sofrimento, sem se estender em longos caminhos de modificação. Portanto, o processo de psicoterapia breve envolve a criação de um vinculo transitório entre terapeuta e cliente, baseado na relação dialógica, estruturado na empatia, com um nível mínimo de consolidação para que se possa desenvolver, tanto no contexto dramático, quanto no relacional, uma certa experiência emocional de correção ("Experiência Emocional Corretiva", aqui empregada num sentido mais amplo do que o proposto por Alexander, pois envolve não apenas a experiência relacional, mas tamb6m a revivência psicodramática corretiva), possibilitando a emergência de aspectos inconscientes transferencialmente agregados à situação vivida no presente pelo paciente, permitindo o reconhecimento destes aspectos profundos (insight) e a liberação de cargas emocionais bloqueadas ligadas a eles (catarse de integração). Um outro elemento que se apresenta para a conceituação de psicoterapia breve é a questão da determinação dos objetivos a serem alcançados pelo processo. E o objetivo, primordialmente, não é outro senão o de se atingir aquele equilíbrio existente anteriormente A crise, com a resolução destes aspectos transferenciais agregados. Isto traz à tona outra questão: a da focalização, que merecerá um item destacado mais á frente ainda neste capitulo. Mas, desde já é importante afirmar a necessidade da sua correta identificação por parte do terapeuta, pois disto depende o êxito do processo. Quanto a questão do termo breve, que indica um fator especifico nesta modalidade de psicoterapia, trata-se efetivamente da limitação do tempo de duração do tratamento, determinado desde o inicio do trabalho. Tem como fundamentação não somente as questões sócio-econômicas institucionais ou particulares, mas também a observação de que uma situação de crise é limitada no seu tempo de duração. Há também, em sua argumentação, a proposição colocada por Malan de que o período predeterminado para a duração do processo desencadeia uma "ansiedade positiva", algo como no principio existencialista de que o "reconhecimento da morte possibilita a vida!" Finalmente, neste item quero deixar ressaltado que os meios de alcançar o objetivo terapêutico envolvem vários níveis de ação, que vão desde mostrar ao paciente o que esta realmente acontecendo e de que forma ele está reagindo (clareamento), passando por uma etapa pedagógica, em que lhe são oferecidas algumas alternativas de solução (esclarecimento) até atingir a fase mais importante do processo que é a abordagem psicodramática direta dos conteúdos do mundo interno que impedem o seu livre desempenho (resolução). Assim, neste sentido, a Psicoterapia Breve tem a finalidade de uma "experiência emocional corretiva", em que se oferece ao paciente a oportunidade de vivenciar uma situação especial em um contexto relacional de aceitação e segurança, onde ele possa chegar a uma formulação interna do conflito e reestruturar a sua vivência de ansiedade frente a uma situação emocional antes insuportável. Reunindo todos estes elementos apresentados é possível chegar a uma conceituação de Psicoterapia Breve: Uma forma de tratamento de distúrbios de natureza emocional, fundamentada no referencial teórico do Psicodrama, que se utiliza alguns elementos técnicos e até mesmo teóricos de outras linhas de psicoterapia; de objetivos terapêuticos determinados, na medida em que se restringe a abordar certas áreas de conflito previamente limitadas em um foco; caracterizada por se desenvolver em um tempo limitado de duração, fixado ao início do processo; praticada por um terapeuta previamente treinado que adote uma atitude bastante ativa, de verdadeiro "ego-auxiliar" baseando seu trabalho na relação empática; dando especial ênfase ao "atual ". sem deixar de se preocupar com os conflitos internos no que tenham de interligação com os atuais, na expectativa de que, através do insight e da catarse de integração, posse ser restabelecido o equilíbrio psíquico anteriormente presente.

1.5 - CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO Vários autores têm apresentado em suas publicações uma gama bastante variável de indicações para Psicoterapia Breve, que vão de indicações bastante restritas, como as de Sifneos (1977) para as muito amplas e flexíveis de Davanloo (1977), que incluem até traços graves de caráter. É indiscutível que nem todos os pacientes podem se beneficiar de um processo de psicoterapia breve, levando-se em conta sua modalidade resolutiva, devendo a seleção basear-se não apenas em critérios clínicos, que são fundamentais porém não suficientes, mas também em hipóteses psicodinâmicas e sociodinâmicas. Alguns quesitos são fundamentais para o sucesso do processo breve de psicoterapia como, por exemplo, a chamada "força de ego" do paciente, isto é, sua capacidade egóica, sua percepção do ambiente, sua avaliação de valores e seus sentimentos devem estar equalizados e presentes; reconhecer-se em um estado alterado de seu psiquismo e querer sair dele é condição "sine qua non" não só para o desenrolar da terapia como para sua própria indicação. Usando uma linguagem estritamente psicodramática, pode-se auferir o grau de maturidade e liberdade egóica de uma pessoa pela sua maior ou menor oferta de papéis ao longo da vida: pessoas com pouco relacionamento interpessoal, com poucos papeis sociais e poucas capacidades de abstração psicodramática são mais difíceis de se trabalhar em qualquer psicoterapia. De maneira geral, a indicação de Psicoterapia Breve se ampara em um tripé assim estabelecido: a) "Quadro clínico" - indicação para pacientes de quadros agudos, de origem imediata ou muito recente, caracterizando situações de crise. b) "Quadro Social" - disponibilidade econômica e/ou de pessoal, tanto da parte do paciente quanto do agente terapêutico. c) "Quadro de Expectativa" - avaliação do nível intelectivo-cultural, levando-se em conta o nível de expectativa frente ao processo terapêutico apresentado pelo paciente. Observe que, de maneira geral, está-se falando em psicoterapia breve resolutiva, sendo que para as modalidades mobilizadora e de apoio não há tantas exigências. Contra-indicações Pouco eficaz, ou mesmo contra-indicada é a Psicoterapia Breve, segundo vários autores, de acordo com dois aspectos básicos:
a) Diagnóstico clínico: psicoses, doenças psicossomáticas (que, de acordo com certas interpretações têm sido consideradas como as "psicoses no corpo"), personalidades psicopáticas, droga-dicção, homossexualidade, obsessões graves, tentativas potencialmente eficientes de suicídio, agitação psicomotora com agressividade.
b) diagnóstico psicodinâmico: quando há grandes debilidades egóicas, com dependências simbióticas intensas, ambivalência, tendência ao acting-out, escassa motivação para o tratamento, dificuldade para se estabelecer um foco, devido ao entrelaçamento de situações dinâmicas múltiplas.

1.6- FOCALIZAÇÃO. Um outro ponto importante a ser abordado na delimitação teórica da Psicoterapia Breve é o conceito de foco. Lemgruber (1984) define como foco: o material consciente e inconsciente do paciente, delimitado como uma área a ser trabalhada no processo terapêutico atrav6s de avaliação e planejamento prévios. Fiorini (1978) faz uma excelente apresentação deste conceito em seu livro, descrevendo-o como uma organização complexa da qual fazem parte formulações que enfatizam aspectos sintomáticos (como, por exemplo, o próprio motivo da consulta), aspectos interacionais (o conflito interpessoal que desencadeou a crise), aspectos caracterológicos ("uma zona problemática do indivíduo"), além de aspectos próprios da díade terapeuta-cliente e o desenvolvimento da técnica. Partindo-se da premissa que tem sua base teórica na formulação gestáltica de que o mundo fenomenal é organizado pelas necessidades do indivíduo, que energizam e organizam o comportamento, vemos que estas observações de Fiorinni seguem como que "um rio canalizado", abrangendo diferentes níveis de um mesmo foco. Isto porque o indivíduo, ainda segundo este pensamento, executa as atividades que levam à satisfação das necessidades seguindo um esquema hierárquico em que desenvolve e organiza as figuras de experiência segundo um certo grau de complexidade. A medida que as enfrenta, há sua resolução e conseqüente desaparecimento, podendo o indivíduo continuar no caminho de sua meta. Ora, em uma situação terapêutica, temos como um único foco em seus diversos níveis - a situação trazida por um paciente em que a "porta de entrada" seja realmente uma série de sintomas somáticos (taquicardia, palpitações, falta-de-ar, tonturas), desencadeados num segundo nível pela ansiedade ou angústia frente a uma situação especifica (da qual, em muitos casos, a pessoa nem se deu conta). Deve-se ter em conta que a angústia é o sentimento natural que se apresenta em um indivíduo perante uma situação de conflito. Portanto, como delimitação do foco, tem-se a sintomatologia apresentada, a ansiedade que Ihe deu origem e o conflito atual que gerou essa ansiedade. 0 conjunto atual é a situação vivida pelo sujeito, que encontra dificuldades para resolver um problema (obstáculo) que a vida lhe ofereça. Este conflito atual, uma perturbação na relação eu-tu ou eu-isso que o indivíduo apresente, pode ser "curto-circuitado" com uma situação emocionalmente semelhante vivida em seu passado e mal elaborada por ele em seu desenvolvimento. Esta situação pretérita constitui outro elemento do foco, já agora mergulhando no mundo interno, inconsciente, projetado no presente pelo mecanismo da transferência. Por aqui, chega-se ao conflito nuclear, muito provavelmente alguma situação ou momento da vivência com figuras parentais em que altas cargas de emoção foram bloqueadas, gerando o que comumente é chamado de "núcleos transferenciais". Nas palavras de Fiorini de que "a focalização da terapia breve é a sua condição essencial de eficácia" compreendemos o sentido primordial do trabalho terapêutico breve, abandonando, pelo menos no momento, a sugestão apresentada por Malan de se trabalhar com mais de um foco em terapia breve, pois vejo nisto o risco de se perder a essência do processo breve e de se criar uma outra forma alternativa de abordagem - que poderia ser aplicada em processos psicoterapêuticos de duração limitada (como o trabalho realizado por residentes em Hospital de Ensino ou o de Estudantes de Psicologia na Clínica-Escola) - mas que, a meu ver, foge em precisão do termo "Psicoterapia Breve" em sua conceituação anteriormente explicitada. Com esta perspectiva de avaliação e ação sobre o foco, contraria-se a opinião de muitos psicoterapeutas (principalmente psicanalistas) que afirmam ser o trabalho de Psicoterapia Breve muito superficial, visando apenas a remoção de sintomas. Ora pois, ao se abordar em um mesmo foco diferentes níveis de profundidade de um conflito, espera-se atingir o "conflito nuclear", obtendo a sua resolução no seu mais profundo nível, ainda que - ligados a este ponto conflitivo - existam outros pontos, outros focos a serem abordados. Esta "ramificação" de conflitos profundos compõe toda a estrutura psíquica da pessoa e sua abordagem completa realmente é apanágio das psicoterapias prolongadas. Assim, creio ser importante distinguir-se entre profundidade e amplitude em Psicoterapia Breve, visto que é possível ser atingida uma profundidade nuclear nesta forma de terapia, sem que, no entanto, se tenha uma grande "amplitude" de campo de ação terapêutica, No entanto, é preciso estar atento para que não se trabalhe realmente apenas no sentido de suprimir os sintomas, como pode ocorrer em outras formas de abordagem (principalmente a medicamentosa). Neste sentido é interessante observar a colocação de Jurandir Freire (1978): Um sintoma é a manifestação visível e sensível de uma estrutura e a estrutura é ela mesma. Mais ainda, um sintoma sintetiza um conflito presente e uma história conflitual passada, ele é um resumo, um instantâneo da vida do sujeito... Se a Psicoterapia Breve consegue fazer com que o sintoma desapareça no ato da cura ou sua estratégia foi bem-sucedida, o sintoma foi suprimido e com ele o funcionamento patológico que lhe deu origem, ou sua estratégia foi malsucedida, o sintoma pode desaparecer, mas deu lugar a uma "sintomatização" do ego ou do caráter, problemas psicopatológicos bem mais graves. No primeiro caso, quer queira, quer não, o terapeuta agiu sobre a estrutura. Neste sentido, a psicoterapia obteve um efeito pleno.

1.7- DURAÇÃO E PROGNÓSTICO " Se, durante nossa própria vida, assistimos a uma deterioração corporal irreversível, a brevidade de nossa existência só faz torná-la mais excitante. Uma flor conhece apenas por uma noite sua plena floração, mas nem por isso sua eclosão nos parece menos suntuosa". (Sigmund Freud, "O efêmero", 1920). Se assim o é na vida, assim o pode ser na nossa Psicoterapia, principalmente em se tratando da sua brevidade de duração. Se, para os autores que trabalham com o referencial psicanalitico, torna-se muitas vezes paradoxal e até mesmo impraticável o trabalho de curta duração, para o Psicodrama este problema parece não aparecer, pois a teoria na qual se apoia é fundamentalmente existencialista e reconhece as suas proposições, além de ter sido criado por Moreno com este mesmo objetivo de praticidade e curta duração.. Como trabalham com a transferência, e não com a relação télica (ou empática), os autores psicanalistas ficam perdidos em contradições e acabam por impor, arbitrariamente, um tempo qualquer para a evolução de, um processo que chamam de Psicoterapia Breve. Para citar alguns autores e mostrar a variedade de posições neste campo, vale fazer uma varredura bibliográfica. Assim, Perez-Sanchez e Cols (1987) falam em um mínimo de um ano de tratamento; Sifneos (citado por Gillieron, 1983) diz ao paciente que o tratamento será interrompido, mas sem dizer-se quando; J. Mann (também citado por Gillieron, 1983) dispõe de 12 horas para realizar a psicoterapia, distribuindo estas 12 horas conforme a natureza da problemática do paciente em 12 sessões de uma hora, 24 sessões de meia hora ou 48 sessões de 15 minutos; Malan (1963) em seu primeiro trabalho sobre Psicoterapia Breve não explicitava ao paciente a limitação do tempo no inicio do processo. Reconheceu posteriormente que isto foi motivo de dificuldades ao se planejar o término da terapia, vindo posteriormente a determinar a data de término do processo e não o número de sessões; Bellak e Small (1980) determinam precisamente o número de seis sessões para seus tratamentos de emergência; Knobel (1986) questiona muito estas questões, preferindo deixar em aberto o tempo de cada sessão, sua freqüência e sua duração. Por outro lado, tendo o Psicodrama e o existencialismo na retaguarda e um correto diagnóstico de uma situação de crise autolimitada vivida pelo paciente, torna-se relativamente simples delimitar o número de sessões para o processo de uma psicoterapia breve resolutiva. Em minha experiência clínica, passei,a adotar o critério de sempre definir com o paciente a data do término depois de uma, duas, ou mesmo três sessões iniciais em que me detive na apreciação da problemática apresentada para estabelecer um diagnóstico preciso de quadro reativo, ou mesmo, de quadro agudo em um processo crônico que não procurarei atingir. Assim, nos casos em que o paciente efetivamente apresentava uma situação de crise, intensamente motivado para a psicoterapia, com estruturação de ego satisfatória (avaliada pelo seu costumeiro desempenho de papéis), o trabalho não ultrapassou dez semanas de evolução, levando-se em conta, ainda, um pequeno período para elaboração do ocorrido e planejamento de novas atitudes perante a vida. Portanto, em minha proposta de psicoterapia breve, sempre procuro avaliar de inicio a possibilidade de sua aplicação (indicação) e só assim me sinto à vontade para estipular o tempo limitado de dez semanas para a duração do processo, deixando em aberto a possibilidade da realização de um novo "bloco" de mais dez sessões, ou então a indicação de psicoterapia prolongada (o que na minha prática acabou por se restringir, em casos de terapia individual, à indicação de um trabalho grupal). Quanto ao prognóstico, respeitando-se - repito - os critérios rigorosos de indicação, são extremamente favoráveis, sendo recomendável, apenas, a realização de entrevistas periódicas de reavaliação.

1.8- SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE PSICOTERAPIA BREVE (PROPOSTA DE UM MODELO DE AÇÃO TERAPÊUTICA) Fugindo da proposição de muitos autores de que o Psicodrama é apenas "um ótimo recurso de técnica" na terapia breve, minha proposta se baseia em que, de "método auxiliar", passe o Psicodrama a ocupar o espaço que lhe atribuíra Moreno, qual seja o de técnica, teoria e filosofia de compreensão e tratamento do ser humano, neste caso envolvido em uma situação tão comum, ainda que especial, que se traduz por um quadro de crise ou descompensação psicológica. Pretendo apresentar aqui não uma série de "receitinhas" de como se fazer Psicoterapia Breve, mas, apenas, esboçar um plano geral de atendimento nesta forma de abordagem que leve em consideração os principais pontos de apoio em que pode se basear o terapeuta psicodramatista que se proponha a utilizar este recurso, seja na clinica privada ou em ambiente institucional. Inicialmente, procurarei apresentar uma idéia do psicoterapeuta psicodramatista trabalhando na função de "ego auxiliar" de uma pessoa em crise. Encontra-se em Moreno (1978) a afirmação que delimita esta postura, quando ele diz: A situação de ego auxiliar consiste, pois, em atingir a unidade com uma pessoa, absorver os desejos e necessidades do paciente e agir em seu interesse sem ser, contudo, idêntico a ele. Para tanto, é preciso que, desde o início, o terapeuta se despoje de algumas posturas que tomam corpo em nosso trabalho cotidiano devido aos vícios de se realizar uma psicoterapia prolongada, onde sempre se tem tempo para deixar que o próprio cliente dirija o processo terapêutico para uma exaustiva e profunda compreensão e elaboração de sua vida. Na Psicoterapia Breve, o papel do terapeuta é muito mais amplo, muito mais ativo, participativo e, por isso mesmo, muito mais responsável. Exige-se alguma experiência e muito mais disposição para exercer ativamente o papel de terapeuta que se exige em processos prolongados. Isto porque, se na terapia prolongada assumimos o papel de ser, aquele que apenas carrega uma lanterna ao lado do paciente para iluminar os seus próprios passos" (como nos ensina a experiência dos mais antigos), na Psicoterapia Breve temos o dever de - ainda que por breve período de tempo - iluminar todo o momento de vida do paciente. Assim, recebemos o indivíduo imerso em uma situação em termos comparada à vivência da Matriz de Identidade Indiferenciada, ainda que em devido à uma situação existencial especial. Portanto, cabe-nos assumir a função de ego auxiliar (em seu sentido mais amplo), favorecendo a momentânea formação de um vínculo sólido e, através das técnicas de treinamento da espontaneidade e reconhecimento do eu, reconduzirmos o indivíduo para o seu próprio e livre caminho. Este processo exige muito do terapeuta, pois além de simplesmente observar o paciente em sua "viagem através de si mesmo", devemos viajar junto com ele, cedendo-lhe a nossa "parte sadia". Moffatt diz que "com nossos núcleos histéricos nos introduzimos no mundo do paciente representando e transmitindo emoções e com nossos núcleos esquizóides ,evitamos que no final do processo sejamos dois no fundo do poço em lugar de um só", através da dissolução instrumental que permite que uma parte nossa acompanhe o paciente em sua viagem, enquanto a outra permanece testemunhando o que está acontecendo e possa conduzir o processo terapêutico a termo. Disponibilidade e experiência são, portanto, dois pré-requisitos fundamentais para o psicodramatista que se proponha a realizar a Psicoterapia Breve. Por outro lado, deve-se exigir do paciente que ele tamb6m tenha "muita vontade" de se tratar e que esta situação em que se encontra seja um quadro reativo, sem grande comprometimento da personalidade. Na Psicoterapia Breve, cliente e psicoterapeuta formam uma dupla baseada na relação Eu-Tu, devendo o terapeuta abandonar a postura de "agente catalisador" para apresentar um papel muito mais intenso e atuante no trabalho, o de "agente participante". Terapeuta e cliente embarcando juntos nesta experiência, impedindo a cronificação do quadro, pois se o paciente tiver de conduzi-la sozinho, recorrera mais facilmente a mecanismos de defesa cada vez elaborada,estruturada e mais subjetiva, vinda, eventualmente, a desenvolver quadros neuróticos severos e até psicóticos. É de fundamental importância salientar que, neste tipo de trabalho, o papel ativo do terapeuta terá muitos efeitos sobre o paciente. Portanto, é preciso estar sempre atento para que os fatores intervenientes de cura, como o efeito placebo, não se traduz na prática em um efeito nocebo. A profundidade que se alcançará em um processo de terapia breve dependerá da "força do ego" do cliente e da habilidade do terapeuta em aprofundar a pesquisa da Psicodinâmica verticalmente, em um único foco. Logo, é mais do que importante que o terapeuta tenha em mente a necessidade de, sempre que possível, fornecer dados e elementos para o fortalecimento da parte sadia do cliente, pois esta será a sua grande aliada na jornada pela recuperação do paciente. Um trabalho amplo de Psicoterapia Breve, principalmente em nível institucional, requer uma combinação de procedimentos oriundos das diversas especialidades que atuam em saúde mental, notadamente dos serviços de enfermagem, terapia ocupacional e assistência social. Ressalto aqui, como já o fiz repetidas vezes, a importância da capacidade empática do terapeuta, aliada ao seu conhecimento técnico e teórico e a sua espontaneidade em caminhar ao lado do paciente, para que não se perca em elaborações c explicações que, por mais sedutoras que sejam, possam implicar o desvio do objetivo determinado. E, finalmente, reafirmo que é fundamental manter-se atento para que o ecletismo de técnicas e teorias não sancione uma terapia desregrada, mas que contenham coerência e harmonia entre si.

1.9- ESQUEMA TÉCNICO GERAL: O desenvolvimento de um processo de Psicoterapia Breve implica na estruturação de um esquema técnico geral, que pode ser seguido em todos os casos em que se proponha realizá-lo. Tal esquema pode partir do diagnóstico realizado por ocasião da entrevista inicial com o paciente, em que se encontre predominância de ansiedade devida a uma história reativa recente, sem antecedentes que façam pensar em um processo psicótico, desenvolvimento de quadro neurótico crônico ou distúrbio caracterológico formal. Isto não quer dizer que a Psicoterapia Breve não possa ser aplicada a neuróticos crônicos ou a pacientes psicóticos. Apenas que, nestes casos, deve-se ter como expectativa não a resolução do processo de base, mas apenas da situação de crise que se instalou sobre ele. 0 prognóstico portanto é mais reservado e a indicação mais restrita, sendo conveniente sua utilização apenas como um processo de mobilização para uma psicoterapia prolongada. Com expectativas de bons resultados em Psicoterapia Breve são aqueles pacientes que apresentam quadros agudos de crise ou descompensação psicológica de inicio recente. Bons resultados são também alcançados em pacientes em situações potencialmente criticas, como adolescência, vestibular, casamento, graduação, descasamento, viuvez, aposentadoria, rompimento amoroso, etc. Segundo Lemgruber (1984), é fundamental para o sucesso terapêutico que já na fase de diagnóstico averigúe-se a capacidade de o paciente formar uma "aliança terapêutica". Nas suas palavras: Este potencial se relaciona com a identificação do paciente com os objetivos do tratamento, com a sua motivação para a mudança, com seu nível de frustração e com a existência de uma "confiança básica" (capacidade de o indivíduo reagir às vicissitudes da vida por meio de uma atitude positiva frente ao mundo). O segundo passo no esquema técnico geral é o enquadramento, em que são estabelecidas as regras gerais que norteiam todo o processo. Tais regras, que devem ter a plasticidade exigida para cada caso, incluem limitar o número de sessões ou de semanas a serem realizadas, sendo considerados o limite de tempo, a freqüência das sessões, previsão de paralisações e retornos periódicos de reavaliação. O número de sessões, a meu ver, deve ser calculado a partir da entrevista inicial com o cliente, em que se levará em conta a gravidade da queixa apresentada. Como um “número mágico” pode pensar em dez semanas como referência básica, aumentando ou diminuindo o número de sessões semanais (3, 2 ,1 ou, mesmo, nenhuma) de acordo com a evolução do processo. 0 principio que indica a delimitação precisa do número de semanas baseia-se na idéia de um "sistema fechado" que impede derivações de foco e alimenta uma ansiedade positiva (como uma "panela de pressão") que impulsiona o processo terapêutico em uma só direção, com a rapidez necessária para satisfazer as exigências sociais, econômicas e pessoais. Como um exemplo, pode-se propor um "bloco" de, digamos, dez semanas de terapia, com uma freqüência variável de sessões semanais (de acordo com a ansiedade do paciente) e nas últimas serão discutidas as seguintes alternativas, de acordo com a evolução do processo: a. Alta do paciente, propondo-se que sejam feitas reavaliações periódicas, com um intervalo de inicio mensal e, posteriormente, semestral até a alta definitiva. b. Prolongamento da Psicoterapia Breve, com um recontrato para mais um bloco de sessões (que poderão até ter um número menor de semanas). c. Indicação de um processo de psicoterapia prolongada. Todas estas informações devem ser fornecidas ao paciente, assim como as normas básicas do contrato terapêutico e, principalmente, a chamada "devolução de dados" em que lhe são transmitidas, com a suficiente clareza de linguagem, a compreensão de seu quadro atual (ainda que panorâmica e parcial). Ressalto que se deve deixar bem esclarecido que ele foi entendido globalmente e que nos propomos a ajudá-lo a "sair desta"!

1.10- ESQUEMA TÉCNICO ESPECIFICO: O esquema de trabalho será dividido didaticamente em três etapas, procurando-se ordenar o processo terapêutico, sem, no entanto, perdermos a noção de que tais etapas podem acontecer simultaneamente, sobrepondo-se umas às outras no desenrolar do processo. As três etapas, nomeadas pela sua característica principal, são as seguintes: acolhimento, resolução e (Re)projetação .

1.11- ACOLHIMENTO (O INICIO DO PROCESSO TERAPÊUTICO) Esta primeira etapa é de extrema importância, pois o êxito do processo terapêutico dependerá substancialmente do sucesso de sua concretização. Aqui deverá o terapeuta dirigir seus esforços no sentido de organizar uma estrutura de sustentação na qual o paciente se instalará, criando uma verdadeira "placenta terapêutica". Ainda com o objetivo didático, esta primeira etapa pode ser subdividida em duas fases, assim denominadas: vinculação e ansiolitica. a) Fase de vinculação Pichon-Riviére, citado por Moffatt, diz da "necessidade do paciente, em estado de crise, de que alguém lhe segure o medo". Neder (1984) cita as experiências do psiquiatra norte-americano Eric Wright, que acompanhou pacientes em estado grave (de origem clinica ou acidental) no transporte de ambulância desde o local em que foi encontrado até o hospital. No trajeto, Wright mantinha-se próximo ao paciente e, segurando-lhe a mão, informava-lhe brandamente: "Você não está sozinho, não se preocupe, eu estou aqui com você. Está tudo sob controle; você já foi medicado e está tudo organizado. Não há com o que se preocupar. Descanse! ". Segundo o seu relato, isto era feito mesmo com o paciente inconsciente e os resultados revelaram uma diminuição no número de pacientes que faleciam antes de chegar ao hospital, mesmo tendo o mesmo nível de apoio clinico. Portanto, já a partir da primeira sessão de Psicoterapia Breve, o terapeuta deve estabelecer uma comunicação com seu paciente em que se tenha em mente o processo da "confirmação da existência" da pessoa. Laing (1978), citando Buber e William James, faz a importantíssima afirmação: "O mais ligeiro sinal de reconhecimento do outro confirma pelo menos a presença da pessoa em seu mundo". 0 objetivo desta fase é, pois, despertar no cliente a sensação de que não está sozinho neste mundo e que será compreendido e ajudado exatamente no que precisa. Para tanto, é necessário que o terapeuta esteja familiarizado com os principais concertos da teoria da comunicação desenvolvidos por Watzlawicki, Beavin & Jackson (1973). b) Fase ansiolítica .Esta é a fase em que será abordada a simultaneidade da ação músculo-emoção. Tal simultaneidade de ação parte de um principio fisiológico que coloca o animal em posição de "briga" ou de "fuga" frente a uma situação de perigo, mobilizando todo o seu esquema muscular. 0 relaxamento muscular pode ser considerado como a mais antiga técnica de acolhimento, pois é "nada mais, nada menos, do que o abraço e as caricias da mãe ante o pânico infantil, abraço que é simultaneamente contenção, encontro e relaxamento" (Moffatt, 1982). É no jogo, no entanto, que encontramos a expressão psicodramática máxima. Monteiro (1979) diz que o jogo permite ao homem reencontrar sua liberdade, através não só de respostas a seus problemas, mas também na procura de formas novas para os novos desafios da vida, liberando sua espontaneidade criativa. Bustos (1979) cita Moreno para dizer que "ele adorava o jogo, porque ai se encontra a liberdade". Nas psicoterapias de grupo, os mais variados jogos podem ser propostos, sempre tendo cm mente que, nesta situação especial, cm que o indivíduo não esta trabalhando diretamente o seu conflito, o nível de ansiedade se tornará cada vez menor, facilitando cm muito as demais etapas do tratamento. Nas psicoterapias bipessoais, devem ser estimulados os jogos com objetos intermediários, como bonecos, fantoches, tintas, "jogos de armar", etc.

1.12- RESOLUÇÃO: Esta etapa é a "espinha dorsal" de todo o tratamento. Trata-se do momento em que se irá abordar dramaticamente o "foco" da situação critica apresentada pelo paciente. Deve, então, o terapeuta trabalhar mantendo um "foco" de ação, termo que se refere As dramatizações centrais que derivam diretamente da "queixa" do paciente. O paciente deve ser sempre encaminhado para este foco, desprezando-se possíveis derivações que eventualmente surjam durante a dramatização. Aqui novamente é solicitada a experiência do terapeuta, pois de suas "hipóteses" dependerão a manutenção do "foco" em evidência. Na situação de crise, a pessoa não se apercebe da presença de barreiras secundárias (pertencentes ao seu mundo interno) que a limitam e se lança em campo em busca da resolução de sua meta, at6 a qual só vê um caminho, sem se dar conta destas barreiras que, obviamente, tornam árdua e desastrosa a caminhada, com evidente rebaixamento das funções egóicas. Portanto, o caminho para a meta é desviado pelas barreiras secundárias, levando o indivíduo a direções refratárias, chegando a distanciar-se tanto de sua meta que, por fim, se vê confuso, perdido e só, característico da crise. Cabe ao processo de Psicoterapia Breve manter o indivíduo no caminho de sua meta, parando a cada barreira, tentando solucioná-la. Ou, se isto não for possível devido à sua amplitude e ramificação, deve-se ao menos contorná-la, sem perder o rumo da solução. Em termos de "operação dramática", isto eqüivale a realização de sucessivos "atos terapêuticos", em que cada obstáculo secundário é abordado isoladamente, tendo-se a obrigatoriedade de encerrar a sessão sempre retomando o rumo da resolução do foco primário.

1.13- (RE)PROJETAÇÃO: Esta é a última e certamente a mais delicada etapa do processo de Psicoterapia Breve. Delicada sim, pois se as duas etapas propostas anteriormente exigiam experiência e talento do terapeuta, esta exige - além disto - sua capacidade télica. Aqui novamente é requerida a "capacidade empática" do terapeuta, pois é preciso "trocar de papel" com o cliente e, como no poema de Moreno, "vê-lo com seus próprios olhos", pois é nesta fase final do processo terapêutico que será elaborado e encaminhado um novo projeto de vida do paciente. Massaro (1984), ao discutir o conceito de temporalidade em Berg-son diz: Para criar o futuro, é preciso que algo lhe seja preparado no presente, e como a preparação só pode ser feita utilizando-se o que já foi, a vida se empenha desde o começo em conservar o passado e antecipar o futuro; numa duração em que o presente, o passado e o futuro penetram um no outro e formam uma continuidade indivisa. Assim, esta etapa ocorre em um “continuum” com a anterior, pois o papel social potencialmente mobilizado na fase de Resolução será aqui solicitado a demonstrar seu desenvolvimento e "lapidado" em suas arestas. Isto significa que, na elaboração de um novo projeto, 6 fundamental a analise critica e o questionamento sucessivo, a fim de se assegurar da solidez das soluções propostas.

1.14- CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não nos cabe discutir neste trabalho a validade ou não da psicoterapia Breve, em seu sentido mais amplo. Isto porque as inúmeras publicações a respeito trazem informações irrefutáveis de sua utilização e eficácia a curto, médio e até longo prazos. Mesmo em relação às criticas de psicoterapeutas mais radicais e ortodoxos, nas quais se observa a preocupação enfática dada aos conteúdos mais profundos da personalidade, o trabalho - ainda que focal e de curta duração - responde com resultados que revelam alterações significativas no comportamento das pessoas que dele se serviram, desenvolvendo uma nova realidade existencial, com mais clareza e menos sofrimento. As teorias de comportamento e técnicas de psicoterapia que têm surgido nos últimos anos, cada uma dando ênfase a uma parte do psiquismo, a uma parte da pessoa, não se importam em ver a pessoa como um todo em um dado momento de sua vida, inserida em seu ambiente social e antropológico, em que novas regras e solicitações existem e são construídas a cada momento, tornando pelo menos desatualizadas certas posturas mais ortodoxas. Ou seja, habituamo-nos a ver o Homem em "cortes longitudinais", esquecendo de vê-lo em sucessivos "cortes transversais" que compõem o seu cotidiano. Assim, como o próprio Moreno cita: "Deve haver uma seleção do veiculo e também do sistema de termos e interpretações que o paciente requer". Isto é, o "foco" da atuação terapêutica deve estar no paciente e não na teoria. E, pensando assim, vemos que há um enorme contingente de pessoas que sofrem de ansiedade pura ou somatizada, atingindo já níveis que se poderia considerar endêmicos em alguns centros como São Paulo. E, paradoxalmente, nada ou muito pouco se faz por estas pessoas, devido a uma somatória interminável de fatores, em que pesam argumentos tanto do lado do paciente quando do agente terapêutico. Alega-se pouca verba para ampliação de instituições, ou porque se tem pouco profissional treinado na custosa área de Saúde Mental, ou porque nossos esquemas teóricos não são tão abrangentes como se supõe, ou ainda porque não se compreende a linguagem simples, concreta e superficial do homem comum. Enfim, muitos são os motivos alegados para que não se realize um trabalho mais voltado para a necessidade emergente da população, restringindo-se o trabalho terapêutico a uma elite cada vez mais selecionada. A Psicoterapia Breve, assim como foi apresentada neste trabalho, é, no entanto, apenas mais um dos recursos do qual se pode valer uma instituição no sentido de ampliar seu campo de ação para a comunidade que dela se serve. Em seu livro, Kesselman (1971) fala de "processos corretores de duração e objetivos limitados", desenvolvendo um amplo programa de saúde mental, incluindo o trabalho de vários profissionais na área de saúde, em que a Psicoterapia Breve ocupa apenas um dos níveis de atendimento, ao lado do social, familiar, ocupacional, etc. Neste sentido é que se torna importante a elaboração de um plano de atendimento que beneficie a todos que dele se servem, como, por exemplo, no trabalho realizado por estagiários junto a departamentos de Psicoterapia, trabalho que teria, a meu ver, muito mais sentido tanto no referente á própria aprendizagem quanto no assistencia.
l) se fosse projetado com vistas aos objetivos e tempo limitados, porque na prática é assim que acontece. Tendo-se sempre em mente a noção de foco, é perfeitamente possível realizar-se um trabalho de psicoterapia em que em cada "bloco" de atendimento seja abordado apenas um foco crítico apresentado pelo paciente. Há, no entanto, que se ressaltar que a Psicoterapia Breve não um inovador instrumento milagroso que irá resolver todos os problemas apresentados por todos os pacientes. Para tanto, é preciso que se firme o trabalho terapêutico em uma indicação precisa em que, contrariando algumas das mais modernas tendências, é preciso partir-se de um diagnóstico previamente elaborado, antes de se indicar o tratamento adequado. Com isto, será possível distinguir um grande contingente de pacientes que, apresentando quadros reativos ou mesmo neuróticos de origem recente, podem ter seu sofrimento aliviado em pouco tempo, não apenas pela eficácia do processo terapêutico, mas também pela eliminação da cansativa "fila de espera" para estes casos, possivelmente evitando-se, assim, a sua cronificação. Portanto, se bem orientada e indicada, a Psicoterapia Breve pode contribuir decisivamente para:
a) Diminuição da ansiedade e conseqüente relaxamento de campo, permitindo a real avaliação dos obstáculos.
b) Identificação da noção de "campo de liberdade" e responsabilidade, desenvolvendo na pessoa a noção de que é livre dentro dos limites de seu campo de liberdade e impedindo que se esmague no centro dele, impotencializando sua ação.
c) Chamar a atenção da pessoa para a sua própria vida e o sentido dela, contribuindo para um enriquecimento pessoal, como o desenvolvimento de papéis até então desconhecidos ou pouco desenvolvidos.
d) Maior ajustamento nas relações interpessoais: trabalho em muito facilitado na psicoterapia de grupo, mas que também pode ser desenvolvido em trabalhos bipessoais na medida em que se dá noções de uma comunicação clara e sadia.
e) Avaliação das perspectives pessoais, com a reorganização de um plano de vida, em que se inclua suas percepções e reposicionamento durante o processo terapêutico. Enfim, se não produz um ser humano novo, espontâneo e criativo, conhecedor intimo das profundezas de seu ser, a Psicoterapia Breve pelo menos se propõe a acompanhar este mesmo ser humano em um momento especial de sua vida, em que prevalecem a dor e o sofrimento, ajudando-o a encontrar a melhor maneira de enfrentar e vencer um obstáculo (real e/ou fantasioso) que se interpôs no caminho de uma meta de sua vida. E, seja qual for o enfoque teórico dado ao procedimento técnico, todos aqueles que trabalham em saúde mental e, notadamente, em Psicoterapia Breve, têm muito clara a noção da necessidade de exercer esta profissão de ajuda com a dedicação que a situação exige.

2-O TRATAMENTO COM PSICOTERAPIA BREVE: Etapas iniciais de entrevistas, diagnóstico, contrato terapêutico e planejamento.· “Rapport” : proximidade afetiva entre paciente e o terapeuta (aliança terapêutica).· O terapeuta deve transmitir confiabilidade e interesse pelos problemas do paciente.· Manter equilíbrio entre gratificações e privações do paciente.· Permitir gratificações moderadas de necessidades emocionais (ex.: responder perguntas).· Manter a posição frente-a-frente (usar a cadeira).· Participar dando sugestões, em algumas ocasiões, nos problemas atuais do paciente.· O terapeuta poderá buscar interpretar, lembrar causas, ajudando o paciente.

3-COMO TRABALHA O PSICANALISTA: Tornar conhecido ao paciente aquilo que há de estranho dentro dele.· Saber fazer com que o paciente abra um diálogo, falando seus problemas.· Ser flexível, tolerante, empático, paciente buscando um “relacionamento amigável”.· Buscar conhecer o paciente.

4-COMO TRABALHA O PSICANALISTA BREVE: Desencorajar a neurose de transferência e a regressão.· Buscar estimular um vínculo mais realista e definido.· Manter uma proximidade mais afetiva do paciente.· Fomentar uma rápida aliança terapêutica.· Oferecer uma imagem confiável.· Demonstrar interesse pelos problemas do paciente.· Permitir certo grau de gratificações de necessidades emocionais, respondendo perguntas formuladas pelo paciente.· Usar cadeira no lugar do divã.· Se posicionar frente-a-frente.· Ter uma função mais ativa, na busca de resultados.· Evitar o prolongamento excessivo do silêncio para evitar a ansiedade, regressão e perda de tempo.

5-UMA SESSÃO DE PSICOTERAPIA ANALÍTICA.· Já fez as entrevistas iniciais e contato verbal.· Recebe o paciente com cortesia.· Permite ao paciente se adapte ao ambiente.· Fala: “muito bem, agora podemos começar o tratamento”.· O paciente e o terapeuta devem sentar em poltronas.· O consultório deve possuir : mesa de centro, escrivaninha, armário com livros e um divã.· O terapeuta deve fazer uma avaliação com relato resumido das sessões anteriores.· O terapeuta deve oferecer o divã para o paciente deitar. Caso o paciente se recuse pode deixa-lo na posição ou lugar que lhe agradar.· O terapeuta deve explicar que fará anotações.· O paciente não deve esconder nada , relatando o que pensa, sem ordem, importância e não deve se preocupar com coisas lógicas. · O terapeuta deve informar ao paciente que a hora da terapia deve ser utilizada da forma que ele quiser.· O terapeuta pode relembrar fatos e solicitar pormenores ou permanecer calado enquanto o paciente fala.· Após 3 meses deve ser realizado um balanço se a terapia deve continuar da mesma maneira.· O paciente deve contar sonhos, o terapeuta deve escutar e comentar caso necessário.· Os resultados são imprecisos ( a cura pode ou não acontecer).

6-UMA SESSÃO DE PSICOTERAPIA BREVE ANALÍTICA: É o mesmo de uma sessão de psicoterapia analítica, observando as diferenças técnicas.· Motivar a aliança terapêutica.· Participar ativamente e diretamente.· Se posicionar frente-a-frente.· Usar cadeira no lugar do divã.· Valorizar o foco conflitivo do paciente.· Cumprir um planejamento prévio.· Elaborar critérios de alta do paciente.· Elaborar relatórios: anamnese, diagnósticos e evolução clínica.· Dar a sua visão no início e no final do tratamento.

7-ATENDIMENTO GRUPAL EM PSICOTERAPIA BREVE ANALÍTICA: Alcoólicos, Toxicômanos e Neuróticos Anônimos. Pais de excepcionais e grupos de soropositivos de HIV. · Grupos homogêneos (com as mesmas questões), em busca de apoio, consolo e alívio.· A conivência com pessoas do grupo cria laços emocionais que contribuem para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.· As pessoas aprendem a avaliar seus padrões de comportamento através da ajuda de seus pares, podendo experimentar mudanças internas e externas em suas relações.· Abaixo seguem 10 fatores curativos propostos por Vera Lemgruber:· Coesão grupal: atração do grupo para os seus membros e seus problemas que possibilita a ocorrência de fatores curativos.· Instalação de esperança: acompanhamento da evolução de cada membro do grupo, crédito na própria dinâmica, no potencial de cada um e na existência de soluções viáveis para suas questões.· Compartilhamento de informações: são as questões introduzidas pelos terapeutas ou pelos membros do grupo que depois de discutidas são incorporadas. As experiências novas, fruto dos debates, podem gerar a reestruturação de novas atitudes em alguns membros do grupo.· Universalidade: cada membro do grupo constata que não está só, nem é o único a enfrentar tal problema.· Altruísmo: oportunidade de ajudar o companheiro, sair de si mesmo para compreender o problema do outro e encontrar soluções, partilhando sua dúvidas e celebrando suas conquistas.· Desenvolvimento de técnicas socializantes: atividade que se torna possível devido ao convívio do grupo, que pressiona a cada um a deixar-se ajudar a contribuir para a melhora dos outros, a reagir a provocações, a se defender, a se divertir, a reformular padrões de reação, a entrosar-se e a respeitar a si próprio e aos outros.· Comportamento imitativo: utilizar como modelos às relações estabelecidas entre o terapeuta e o grupo, bem como dos membros do grupo entre si. É fundamental que as relações sejam de boa qualidade para que a imitação seja de efeito positivo.· Ventilação e catarse: intercâmbio de sentimentos gerados por experiências compartilhadas, que por sua vez provocam a liberação de emoções que incomodam por seu acúmulo.· Recapitulação corretiva do grupo familiar primário: repetir no grupo terapêutico o padrão relacional estabelecido com a família durante a infância. Em cima deste modelo o paciente pautará o seu relacionamento com outros membros do grupo, substituindo pessoas significativas da sua vida. Isto facilita a elaboração de conflitos reais ou imaginários que serão resolvidos através do “feedback” oferecido pelo grupo e pelas interpretações do terapeuta.· Aprendizado Interpessoal: fato curativo que se sustenta na importância das relações interpessoais. Cada indivíduo cria no grupo o universo interpessoal que é adaptativo no sentido evolutivo e cultural.

8-TIPOS DE INTERVENÇÃO VERBAL DO TERAPEUTA: Interrogar : pedir ao paciente, dados precisos, explorar em detalhe as suas respostas.· Proporcionar informações: o terapeuta é também um docente, dentro de uma perspectiva mais profunda e abrangente de certos fatos humanos, como por exemplo, na interpretação de um sonho.· Confirmar ou retificar os conceitos do paciente sobre a sua situação.· Clarificar: reformular o relato do paciente de modo que certos conteúdos e revelações do mesmo adquiram maior relevo.· Recapitular: resumir pontos essenciais sugeridos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento.· Assimilar: relações entre dados, seqüências, constelações significativas, capacidades manifestas e latentes do paciente.· Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflitos.· Sugerir atitudes e determinadas mudanças a título de experiência.· Indicar: especificamente a realização de certos comportamentos com caráter de prescrição (intervenções diretas).· Dar enquadramento à tarefa: local das sessões, duração e freqüência das sessões, ausências e honorários.· Meta intervenções: comentar ou aclarar o significado de haver recorrido a qualquer das intervenções anteriores.· Outras intervenções: anunciar interrupções, variações ocasionais nos horários, etc.

9-TRAÇOS GERAIS DE CONTRIBUIÇÕES DO TERAPEUTA EM PSICOTERAPIA BREVE:
O terapeuta deve manter uma postura solene.· O paciente deve ter uma sensação de conforto e segurança com o terapeuta e o ambiente.· O terapeuta deve se manifestar empaticamente utilizando-se da linguagem (sim..., compreendo..., e então?...).· O terapeuta deve transmitir “calor humano”, não ser indiferente, frio ou calculista com o paciente.

10-BIBLIOGRAFIA:

BRITANNICA, ENCYCLOPAEDIA DO BRASIL Publicações Ltda.ENCARTA, ENCICLOPÉDIA - 1993-1999 Microsoft Corporation.NETO, FRANCISCO BATISTA, Psicoterapia Breve, SPOB, RJ.2000NUNES, PORTELLA, Psiquiatria e Saúde Mental, Atheneu, SP- 2000LAPLANCHE E PONTALIS, Vocabulário da Psicanálise – Martins Fontes, SP-2000.

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