Diálogo na biblioteca


― Minhas crônicas são mentirosas, pois não sou escritor.

― E quem disse que precisa ter mestrado pra saber escrever?

― Não precisa. Só espera-se que pelo menos saiba alguma coisa, e eu não sei.

― Talvez escrever seja também questionar.

― Mas não domino nem as sabedorias que envolvem a mim.

― Bobagem.

― Falo sério moça.

― Diga-me, viajante, tu tens vida?

― Tenho.

― Então sabes escrever. Quem vive, pelo que sei, se capacita.

― É?

― É.

Coffee Break.


Ele: Oi.

Ela: Oi.

Ele: Posso sentar aqui?

Ela: A praça não é minha. A vida é tua.
(Ele se senta.)

Ele: Dia difícil, é?

Ela: Talvez.

Ele: Como?

Ela: Talvez.

Ele: Não. Digo, como assim talvez?

Ela: Gosto dessa palavra. Uso quando não quero responder ao que perguntam.

Ele: Ah.
(Ela deu um sorriso sarcástico.)

Ele: Aposto que se eu fosse ele, sorriria pra mim.

Ela: Ele quem?

Ele: O cara que você ama.

Ela: Não amo um cara.

Ele: Eu sei que ama. Eu te entendo.

Ela: Hum... Sofre também?

Ele: O quê?

Ela: Digo, sofre por amor também? Que nem eu?

Ele: Não... Por amor não. Pela falta dele, talvez.

Ela: Talvez?

Ele: É gosto dessa palavra. Uso quando não quero aceitar os fatos. Aprendi com uma garota a uns minutos atrás. Ela têm um sorriso lindo.

Ela: Como sabe do sorriso dela? Ela nem sorriu.

Ele: Eu aposto nisso. Ela ainda vai sorrir pra mim.

Ela: Acho difícil, ela tá tendo um dia difícil.

Ele: Eu não.

Ela: Ah, então ela te desafia.

Ele: E eu desafio ela a começar tudo de novo.
(Ela olha pra baixo.)

Ele: Oi, posso sentar aqui?
(Ela sorriu.)

Ele: Viu, eu disse!

Ela: O quê?

Ele: Que ela tinha um lindo sorriso.

Love Hurts.

Se passaram alguns dias em que ele se tornara totalmente incomunicável. Seus amigos tentavam entrar em contato pelo celular, pelo telefone residencial, e nada. Seus amigos sabiam que ele não estava passando por um bom momento, estava cheio de conflitos internos, problemas que segundo ele não tinham mais solução. Antes de desaparecer ele demonstrava sinais depressivos, não tinha ânimo para mais nada e respirar já tinha se tornado um fardo. Sua família resolveu chamar a polícia e após terem arrombado a porta de seu apartamento o encontraram morto deitado em meio ao chão. Seus familiares caíram em pranto e seus amigos não acreditavam no que viam, e a perícia havia concluído que seu último ato antes de morrer fora escrever uma pequena carta, enquanto tomava o seu chá preferido de maçã com canela - que segundo ele, lhe proporcionava euforia e melancolia ao mesmo tempo. Sua mãe pegou aquele pedaço de papel esperando descobrir ali quem era o assassino de seu filho. Enquanto ela lia aquela carta lágrimas escorriam pelo seu rosto, e após ler a última frase finalmente todo aquele mistério lhe fora revelado, e lamentando muito disse ao policial: - Senhor, pode ir embora, porque o assassino do meu filho não pode ser encontrado, e muito menos ser preso. Ele era invisível, e até mesmo para alguns, irreal. E olhando para o corpo de seu filho estendido no chão, sua mãe concluiu que o amor havia feito mais uma de suas vítimas.

Mourning


É incrível como o mundo dá várias voltas, e numa dessas voltas as coisas podem se encaixar ou sair totalmente do lugar. E numa dessas voltas, a vida, o destino, ou seja lá o quê, me tirou você.

A sensação é de ter fechado os olhos, e quando abri só me restou a fragrância do teu perfume, nem percebi a tua partida, só entendi que não voltarias mais quando me deparei com os pedaços partidos do meu coração.

Eu olho para o meu lado e enxergo a presença da tua ausência, e ela me faz relembrar de todos os momentos felizes que vivemos juntos. Mas no fim eu sempre acabo em lágrimas, porque ela também me faz lembrar que você já não está mais aqui.

Sabe, saudade não tem a ver com o tempo que não nos vemos. Sentir saudades tem a ver com os momentos que estou fazendo algo, desejando você aqui.

Eu queria poder abafar os meus sentimentos, bater a porta e esquecer. Mas quando eu pego na maçaneta eu sinto as suas digitais, como se fosse as minhas mãos sobre as suas, e começo a imaginar você, e eu digo vem, me faz sorrir novamente, cura as minhas feridas, me faz companhia do jeito que só você sabe fazer.

Ressuscita, e ressuscita-me.

Dear Melancholy.


Ultimamente tenho me percebido ausente demais. Ausente das pessoas, ausente dos romances, ausente da realidade, ausente da sanidade e profundamente ausente deste mundo. E essa sensação de indiferença com tudo e todos me completa a cada dia, não que eu queira, é algo que não parte de mim, mas que se encontra em mim, é um ato involuntário.

Lembro-me da época em que eu me perdia em gargalhadas com os meus amigos, hoje me perco também, mas em pensamentos, sentimentos e devaneios. Estando só ou acompanhado ainda assim me pego vagando, às vezes pensando em algo que eu sei que nunca irá acontecer. Logo me reponho, fico tímido, rezando para que as pessoas ao meu redor não tenham percebido a minha rápida viagem. Tudo isso para que elas não se sintam desprezadas, não é isso, mas algumas pessoas já me julgaram errôneamente por isso, e também para que eu não tenha que ficar me justificando, sempre tem alguém querendo saber demais, querendo ser dono dos meus pensamentos.

Nesses dias de chuva e muito frio a solidão tem sido cruel comigo, cada um sabe dos seus fantasmas, das suas dores, e de suas necessidades que em meio ao tempo vago tornam a nos assombrar. É incrível, basta apenas um momento só, um momento de vazio, para que os pensamentos transbordem e junto com eles venham as lembranças acarretadas de boas e más sensações. Sensações destas que pesam, que nem sempre são agradáveis e bem-vindas.

Todo dia eu enfrento uma guerra contra a minha querida melancolia, mesmo estando feliz a dor e a tristeza me assolam, e às vezes mesmo sem ter algum motivo aparente. Talvez seja a dura realidade que enfrento hoje, a realidade de estar vivendo e não ter conseguido ainda alcançar certos objetivos. E são nesses momentos de melancolia que acabo olhando um pouco para trás, eu sei que é meio covarde isso, mas às vezes olhar para trás é mais fácil do que encarar o que vem pela frente.

Às vezes me sinto como se houvesse uma corda em volta do meu pescoço. E cada vez que digo que estou bem quando na verdade não estou, essa corda fica mais e mais apertada, até eu sufocar. Hoje em dia encontrar alguém que você confie e que esteje disposto para te ouvir desabafar não é fácil, e enquanto isso você segue, igual a uma panela de pressão, sem saber até quando vai suportar.

São nesses momentos que é inevitável não sentir saudades da infância, quando a gente é criança estamos sempre debaixo de todo um carinho, que nos traz a sensação de sermos especiais. Pra mim essa sensação se foi já há um bom tempo, e que falta isso me faz.

Hoje a única sensação boa que sinto é quando leio os meus livros, e eles me transportam para uma nova vida, uma nova história, mil vezes mais prazerosa do que toda essa “melancolia”.

Manhã de Inverno

Como de costume hoje acordei com os gritos da vizinha apressando a sua filha pra ir à escola. Levantei-me ainda um pouco sonolento e fui ao banheiro jogar uma água no rosto. Depois me direcionei para a cozinha e passei um café. Estava muito frio, tanto que saía aquela fumaça da boca.

Abri a porta de casa e a rua estava coberta por uma suave camada de neve. Ainda com o meu café nas mãos em gole em gole sentia meu corpo aquecendo e depois voltando a esfriar. Era sem dúvida a chegada do Inverno.

Olhei para o jardim da vizinha e fiquei admirando aquelas rosas brancas, eram vermelhas mas estavam cobertas de neve. Sempre admirei e me apeguei as flores, não sei muito o porque mas elas me passam uma sensação gostosa de tranquilidade. Elas definitivamente me acalmam.

Parti naquela manhã escura para uma floricultura. Se as flores me fazem tão bem então porque eu mesmo não cultivá-las?

Entrei na loja e logo emergi em um mundo fantástico de cores e perfumes. Minha indecisão naquela manhã era que tipo de flores eu iria levar?

Sim, eu queria um jardim perfeito que pudesse ser meu ponto de paz nos meus dias mais irregulares. E enquanto eu caminhava pelos corredores da loja um perfume suave e agradável se destacou mais do que todos naquele ambiente. Olhei para o lado e o perfume não vinha de uma flor, vinha de uma mulher muito atraente cujo os cabelos eram longos e os lábios eram bem avermelhados. Fiquei atônito. Eu tinha que de alguma forma me aproximar daquela mulher, e derrepente puxei um papo:

- Oi, desculpa incomodar mas eu estou procurando algumas flores para construir o meu jardim, você poderia me ajudar?

- Oi, mas é claro. Que tipo de flores você pretende para o seu jardim?

`Eu olhei fixamente para ela, e eu queria ela no meu jardim!´
Mas é claro que eu não disse isso.

- Ah, eu procuro flores coloridas que transmitam muita paz e alegria.

- Hum, então acho que pro seu jardim seria interessante você levar algumas tulipas.

- Bom palpite! Você me ajuda com as cores?

- Sim, sim. Leve algumas vermelhas que sempre dão destaque de longe, as brancas transmitem muita paz, e as amarelas completam com um toque de alegria. [Finalizou sorrindo]

- Nossa, você entende bem de flores, daria até para trabalhar aqui!
[Nesse momento começamos a rir]

- É né, se eu não fosse professora até que pensaria no assunto. Meu Deus! Eu ia me esquecendo disso, tenho uma aula para dar agora, preciso sair correndo... tchau foi um prazer!

- Tcha..Tchau!

E na velocidade da luz ela se despediu de mim, nem deu tempo de tentar manter um contato. Fiquei eu ali parado por alguns minutos sem reação com algumas tulipas nas mãos. E o que me restava era apenas pagar por aquelas flores e voltar para casa.

De cabeça baixa com um sentimento horrível me assolando o peito fui me distrair montando o jardim dentro do meu quintal.
Passou-se horas até que eu terminasse de plantar todas aquelas flores. Fui fazendo com extremo cuidado pois não queria de jeito nenhum estragar nenhuma daquelas tulipas que de certa forma me traziam a memória aquela linda e simpática mulher.

Passei a visitar aquela floricultura dias e dias depois na esperança de encontrá-la novamente. E todas às vezes que fui acabei sempre voltando descontente.

O fato é que nunca mais cheguei a vê-la de novo. Mas todas às vezes que eu acordo e olho pela janela eu sempre enxergo um pouco dela no meu pequeno e alegre jardim de flores.

As cores do amor

De onde vinham todas aquelas cores? Nenhum de nós sabia.

A vida era em preto e branco lá fora, mas dentro daquele quarto existia mil cores, cores até mesmo desconhecidas.

Pareciamos viver em uma outra dimensão. Não havia dores, não havia tempo, só havia nós dois, alguns botões de flores e uma porção de sentimentos.

O trânsito que existia era entre nossos olhares e nossos sorrisos. E o som das buzinas era um doce estralo que os nossos lábios faziam.

E já nas calçadas da cidade um pequeno diálogo:

- Lembra quando eramos apenas dois desconhecidos? Ela me perguntou.
- Lembro sim. O tempo que minha vida não fazia o menor sentido.

E sorrindo ela veio contra o vento e me abraçou.

Declaração via sms

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03:00 - Oi, sei que é um pouco tarde pra enviar torpedos mas eu preciso muito lhe dizer certas coisas que já me sufocam a um bom tempo e que me tiram o sono. Lembra quando você me perguntou se eu gostava de alguém em especial daí eu abaixei a cabeça e fiquei em silêncio? Pois é, de certa forma aquilo foi um jeito de fugir da verdade, ou melhor, de contar a verdade pra você.
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03:21 - Eu sei, você deve estar se perguntando o porquê de eu querer desvendar aquele mistério a essa hora e via torpedos. É que só tenho créditos para uma ligação de 1 minuto e isso não é tempo suficiente para dizer tudo aquilo que preciso te falar. E sabe quando você têm um segredo e não aguenta mais guardá-lo consigo mesmo? É como eu me sinto agora, e não é um segredo fácil de se contar. Olha não me leve a mal, somos amigos a muito tempo e sei que você gostaria que eu confiasse mais em você, é que tente me entender, quando um segredo passa a envolver outras pessoas fica complicado de lidar.
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03:46 - Falando mais sobre esse “segredo” afinal é ele que me tira o sono todas as noites e agora essa noite é ele o motivo de nós dois estarmos acordados. A grande questão é... Sabe quando você tem medo de dormir e nunca mais acordar? ou mesmo de o mundo acabar e você não ter feito o que mais lhe importava na vida? Pois é, últimamente tenho passado noites em claro com esses pensamentos malucos me atordoando, e cheguei a conclusão de finalmente responder a sua pergunta.
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04:00 - Então.. [risos]
Lembra quando você me perguntou se eu gostava de alguém em especial daí eu abaixei a cabeça e fiquei em silêncio? Pois é, eu gosto de alguém sim. E novamente me perdoe por enviar torpedos tão tarde da noite. Mas o fato é que eu não podia mais esperar pra te dizer que...

[Eu amo você]

Bem, agora eu posso dormir em paz e se eu não acordar mais pelo menos fiz o que eu mais queria ter feito, fazer você saber que eu amo você!

Boa Noite ♥
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Amor sem Medidas

Sabe quando o amor fala por si só sem precisar ser interpretado? Fica na cara, na testa, estampado. Somos assim como: melhores amigos, a lua e o sol, um dia infindável.

Quando eu acordo é o rosto dela que eu vejo ainda fixo em minha memória, e o desejo de tocar sua pele invade o meu quarto. Esse desejo indescritível alimenta o meu sangue, e não poder tê-la agora se transforma em um fardo.

Ninguém compreende esse amor insano que nós dois carregamos, é de se compreender porque também não entendemos de onde vem, apenas vivenciamos.

Você já teve a impressão de ter encontrado a solução de todas as suas dúvidas em apenas um abraço? De tudo na sua vida derrepente fazer sentido apenas pela outra pessoa estar ao seu lado? Pois é assim que eu me sinto, que eu me vejo, que eu existo.

Pela manhã eu mando uma sms 'Bom dia amor' e fico imaginando ela iluminando o dia com o sorriso de felicidade. Daí eu ligo, não resisto, e ela diz: Mô estou morrendo de saudades!

Eu enfrento o tempo, corro contra o vento, vou de encontro a ela pelas calçadas da cidade. E olha como são as coisas, ela me encontra antes, e para estar no meio do caminho de certo largou de mão a vaidade. Daí se juntam beijos, se juntam trechos, das belas obras de Chico Buarque.

E o silêncio que para muitos é angustiante, para nós é um sinal profundo de intimidade. Cada olhar, cada sorriso, fazem parte de um longo diálogo não registrado em palavras.

A cada momento, aproveito cada segundo, como um beija-flor que se alimenta do néctar do mel da flor como se aquela fosse a última gota de mel do mundo.

Eu sei é muito amor para pouco tempo de vida, mas convenhamos, nem na eternidade o nosso amor caberia, porque isso é doença incurável, é sentimento ao extremo, é amor sem medidas.

E ao dormir ela sempre dizia: "Ame a cada segundo, porque em um minuto pode acontecer de tudo, até o fim de uma vida."

Autor: Ivan Rosário.

O silêncio dos livros

Não sou egoísta, mas só compartilho minhas jóias com os persistentes
A princípio muitos desejam, mas desistem nas primeiras passagens
Nem chegam a voar.

Tenho o maior prazer em ensinar-vos a devida educação
Porém, o maior prazer será seu quando descobrir
Um mundo novo.

A verdadeira riqueza não está em mim
Mas naquilo que você obtém
De mim.

Não me interprete mal, mas tenho diversos sentidos
Não sou mau caráter, sou milhares de códigos vestidos de palavras
Decifra-me.

Existem vários gêneros, vários primos
Empoeirados, rasgados, não lidos
O fato não é o estado mas sim o tal do desperdício.

Quanto ouro camuflado passando batido
Poucos dão atenção
Poucos são os peritos.

A educação de muitos esta empoeirada em alguma estante
Sem valor, sem amor, por milhares de anos
Ou por algum instante.

Hoje resolvi gritar, hoje você resolveu me ouvir
Mas enquanto houver segredos não lidos
O silêncio dos livros sempre haverá de Existir.


«Autor» Ivan F. do Rosário.

Os bandidos mais famosos da História

AL CAPONE

O mais famoso gângster americano, Alphonse Capone (1899-1947) dominou o crime organizado na Chicago da Lei Seca, faturando alto com o mercado negro de biritas e mandando matar muita gente - como no brutal Massacre do Dia de São Valentim. Precoce, o pequeno Al inaugurou sua carreira de delitos na sexta série, quando largou a escola no Brooklyn para se juntar aos delinqüentes do bairro. Foi quando uma briga de rua deixou a marca no rosto que lhe valeu o apelido de Scarface (Cara de Cicatriz). Com 28 anos, sua fortuna, fruto também do jogo e da prostituição, era calculada em 100 milhões de dólares. Graças ao agente federal Eliott Ness, Al foi preso por evasão fiscal. Os Intocáveis (1987), com Robert de Niro na pele do gângster, é um momento clássico na vasta filmografia sobre o facínora.


BARRABÁS

Todo mundo conhece a história do ladrão liberado da crucificação para dar lugar a Jesus Cristo. Mas pouco se sabe a respeito dessa figura fascinante, cujo nome em aramaico quer dizer "filho do pai" ou "filho do professor" (especula-se que seu pai era um líder judeu). Uma hipótese para sua condenação seria a participação num assassinato durante uma revolta contra o domínio romano em Israel - o que faria dele um revolucionário e não um larápio comum. Nem as escrituras sagradas dizem, nem os estudiosos da Bíblia sabem o que aconteceu com ele depois da sua libertação durante a festa da Páscoa.


ROBIN HOOD

Vilão ou herói? A resposta é fácil: o salteador inglês que atazanava a vida do xerife de Nottingham entrou para a história como um bandido do bem, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Contemporâneo do rei Ricardo Coração de Leão, que comandou os destinos da Inglaterra no século XIV, Robin liderava um alegre bando de aventureiros que vivia aprontando contra os poderosos. Quando a coisa fervia, escondiam-se na floresta de Sherwood. Ainda hoje os historiadores discutem se ele existiu de verdade ou se é apenas fruto da fértil imaginação dos escritores medievais. Seja como for, a história rendeu dezenas de filmes bacanas, desde animações Disney ao clássico do capa-e-espada As Aventuras de Robin Hood (1938), uma das maiores atuações do grande Errol Flynn.


BUTCH CASSIDY & SUNDANCE KID

Imortalizados pelos bonitões Paul Newman e Robert Redford no filme homônimo de 1969 (premiado com quatro Oscars, dois deles para a música genial de Burt Bacharach), eles formaram a mais conhecida dupla de assaltantes do Velho Oeste americano no final do século XIX. Também tinham um quê de Robin Hood e eram adorados pelos necessitados. Depois de muitos assaltos a bancos, fazendas e trens, fugiram para a América do Sul, onde continuaram sua vida de contraventores. Ninguém sabe ao certo como morreram, mas a versão oficial conta que foram surpreendidos pela polícia e fuzilados num vilarejo perdido nos confins da Bolívia, em 1909.


LAMPIÃO

Virgulino Ferreira da Silva, o Rei do Cangaço, foi por muito tempo o inimigo número um da polícia nordestina. Sua carreira de fora-da-lei teve início em 1920, para vingar a morte do pai. Roubando, cobrando tributos de latifundiários e assassinando por encomenda ou vingança, ele viu sua fama correr todo o país. Para completar, foi anunciado como "enviado de Deus" pelo Padre Cícero e creditado como autor da imortal cantiga "Mulher Rendeira". Em 1938, depois de 18 anos no crime, sua vida chegou ao fim numa emboscada na Grota do Angico, interior de Sergipe. Lampião foi morto junto com a igualmente fascinante companheira Maria Bonita e boa parte da sua quadrilha. Sua cabeça, decepada, acabou exposta em praça pública. A clássica cinebiografia O Cangaceiro (1953) inaugurou uma série de filmes brasileiros dedicados ao cangaço - um número pequeno, porém, se comparado à sua presença na literatura de cordel.


MADAME SATÃ

Ele era um negro de poucas palavras, que não gostava de brincadeiras e adorava vestir coletes e camisas de seda. O dândi pernambucano João Francisco dos Santos, vulgo Madame Satã, foi um dos mais célebres bandidos que o Rio de Janeiro já conheceu. Homossexual assumido e perito na navalhada, o que mais adorava era surrar policiais. Sedutor, conquistou a amizade de gente famosa, como os cantores Noel Rosa e Francisco Alves, mas se vangloriava de ter matado com uma rasteira um dos maiores gênios do samba, Geraldo Pereira. Apesar disso, o cartunista Jaguar disse dele: "Foi o meu herói e melhor amigo". A história desse transgressor com T maiúsculo, que nasceu em 1900 e passou 27 anos mofando atrás das grades, deu um dos melhores filmes brasileiros dos anos 70, A Rainha Diaba.

Caso de Amor


E que sentido a vida teria sem você?
Sem o seu sorriso, sem o seu abraço, sem o nosso caso de amor.

Vivo no infinito, e em cada passo o vento me leva a você.
É como se o universo conspirasse para a nossa união, sendo assim, que seje feita a vontade do universo.

Cada batida do meu coração soletra o seu nome, e ouço nitidamente os passáros cantando uma melodia nova, e ela fala sobre a nossa paixão.

Nosso caso é mágico, é vida.
Teu mundo sou eu, Meu mundo é você, menina.

Amenizam-se as atençãos, presto-me a focar-me em ti.
Passaram-se as estações, lembro-me de ter permanecido aqui.
E debaixo desse guarda-chuva sem notarmos nada passou o outono, onde vieram as melhores flores, os melhores amores, e prosseguia o nosso.

Entre beijos e abraços você dizia: eu caso, eu caso!
E com um sorriso largo o universo ressaltou:


"Que se perpetue esse belo caso de Amor."

Mil vezes os meus sonhos


Quando a vida nos sonhos é mais agradável do que a vida real, acabo me prendendo na cama enrolado em lençóis, vivendo um conto de fadas.

A verdade é que minha vida nos sonhos sempre foi mais atraente, ainda que eu tente me enganar e viver da melhor forma possível os melhores momentos ainda serão lembrados como aqueles vividos debaixo dos lençóis.

Como sempre vou despertando aos poucos, me negando, até ser totalmente despertado pela infeliz da vida.

Vou até a cozinha esquento o meu café e logo me reanimo.

Pronto para matar mais um leão, ou não.

Minuto a minuto me prendo ao silêncio, aprendi que: palavras mal expressadas são como o veneno, são mortais.

Me carrego pouco a pouco, levando minha alma nos braços, é intenso viver no vazio, viver com a sensação de ser cheio de nada.

A cada dia busco um motivo, uma razão para estar aqui, e não às encontro.

E como todos os dias, volto a dormir, volto a sonhar com os meus contos.

Mil vezes os meus sonhos do que esse mundo sem esperança, sem final feliz.

Liberdade é


Liberdade é...

Buscar dentro de mim a melhor forma de se viver.
Optar ir contra a corrente, contra o mundo, sem me importar.
Amar sem me prender.

Buscar e ir mais além do que somente encontrar.
Tentar e errar, persistir e vencer.

Ir e vir, fora e dentro de mim.
Correr, parar, tornar a voar.

Dar e receber sem medo e orgulho.
Não apenas sentir, ou dizer, mas de fato viver a liberdade.

Na verdade...

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.


[Poesia: Ivan Rosário. Frase Final: Clarice Lispector.]

A Nevasca


Em uma viagem haviam dois amigos que passeavam pelo Alaska.

Os dois amigos acabaram se perdendo no caminho, e derrepente foram surpreendidos por uma tempestade de gelo. Era uma Nevasca...

Os dois amigos entraram em desespero e sabiam que se não encontrassem um abrigo logo iriam morrer.

Pelo meio do caminho os dois amigos avistaram um homem deitado no chão, semi-morto.

Um dos amigos disse: Este homem ainda vive, vamos carregá-lo conosco até encontrarmos um abrigo ou mesmo ajuda.

Mas o outro disse-lhe: - De jeito nenhum, eu não vou carregar ninguém nas minhas costas, ainda mais nesse chão coberto de neve onde cada passo é um sufoco.

Deixe esse rapaz aí, ele não irá sobreviver mesmo! Vamos embora e tratar de nos salvarmos...

Mas seu companheiro lhe disse: Não, eu irei carregá-lo, ele está vivo ainda, e não irei negar ajuda a uma vida.

Então seu amigo lhe disse: Boa sorte, espero que você sobreviva, mas é claro que carregando um homem nas suas costas suas chances são mínimas.

E terminando foi na frente.

Enquanto isso o rapaz pegou o homem semi-morto e carregou-lo em suas costas e foi caminhando.

Chegando a certo ponto do trajeto avistou seu companheiro, estava morto, caído e quase coberto pela neve.

E pensou consigo: Era para eu estar morto também, mas o que me salvou foi ter carregado este homem, pois ter caminhado fazendo esforço aumentou a temperatura do meu corpo esquentando a mim e ao homem em que eu levava, e nisso concluiu que a sua vida fora salva pelo homem que carregava em suas costas.

Reflexão: As vezes na vida nos deparamos com pessoas derrotadas, semi-mortas, e pensamos em prosseguir, sem mesmo tentar ajudar estas pessoas a prosseguirem em seus caminhos. E derrepente aprendemos com essa história uma grande lição de vida, que quando ajudamos alguém a se levantar estamos ajudando a nós mesmos, pois quando andamos de mãos dadas com outro alguém, se um cair, o outro levanta.

Sózinhos sempre é mais difícil, pense nisso.

Catalepsia ou Paralisia do Sono

Paralisia do Sono é uma condição caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer.

A chamada paralisia do sono ou catalepsia acontece durante o sono, como forma de evitar que o corpo se mova durante os sonhos. É um fenômeno natural que ocorre todas as noites, embora seja raramente notado pela própria pessoa enquanto se dorme. Momentos antes da mente despertar, a paralisia cessa. Por isso, raramente se tem consciência da sua existência. Se, porventura, a mente despertar antes do mecanismo de paralisação ser desativado, ocorre a consciência da paralisia do sono.

Esta consciência pode ser muito perturbadora, pois o indivíduo dá por si mesmo completamente paralisado, incapaz de mover os membros. A mente ainda está a atravessar um período de transição entre o estado de sono e o estado de vigilia (ou vice-versa) e nessa altura podem surgir alucinações hipnagógicas: presença de uma pessoa, ouvir vozes ou sons, sensação de flutuação ou de se sair do próprio corpo, imagens de pessoas, visualização de objetos, sensação de ver em redor mesmo tendo os olhos fechados, etc. Tanto as alucinações como a própria paralisia são inofensivas, existindo quem aproveite esta fase para induzir sonhos lúcidos ou alucinações agradáveis, e acontecem ocasionalmente, como resultado de uma má alimentação, maus hábitos de sono, estresse, etc.

Ao fim de algum tempo (que pode variar de alguns segundos até cerca de três minutos), a paralisia cessa e o corpo readquire capacidade de se mover novamente. Um dos conselhos mais usuais é ficar parado a respirar lentamente e esperar que passe. Enquanto se concentra na respiração, a mente divaga e quando menos espera o corpo deixa de estar paralisado. Pode-se tentar mover um dedo e lentamente mover o resto da mão, do braço, etc até que todo o corpo se mova. Outra técnica popular é piscar varias vezes, ou fechar os olhos fazendo um pouco de força. De qualquer dos modos, o corpo acabará por "desativar" a paralisia. Estima-se que até 60% da população mundial já tenha passado por essa experiência pelo menos uma vez na vida.

Fisiologicamente, ela é diretamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do sono REM, a qual é conhecida como atonia REM. A paralisia do sono ocorre quando o cérebro acorda de um estado REM, mas a paralisia corporal persiste. Isto deixa a pessoa perfeitamente consciente, mas incapaz de se mover. Além disso, o estado pode ser acompanhado por alucinações hipnagógicas.

Com frequência, a paralisia do sono é vista pela pessoa afligida como nada mais do que um sonho. Isto explica muitos relatos de sonhos nos quais as pessoas se vêem deitadas na cama e incapazes de se mover. As alucinações que podem acompanhar a paralisia do sono tornam mais provável que as pessoas que sofram do problema acreditem que tudo não passou de um sonho, já que objetos completamente fantasiosos podem aparecer no quarto em meio a objetos normais. Alguns cientistas acreditam que este fenômeno está por trás de muitos relatos de abduções alienígenas e encontros com fantasmas.

Sintomas
Os sintomas da paralisia do sono incluem:

Paralisia: ela ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, e tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração. Esta paralisia é a mesma que acontece quando uma pessoa sonha. O cérebro paralisa os músculos para prevenir possíveis lesões, já que algumas partes do corpo podem se mover durante o sonho. Se uma pessoa acorda repentinamente, o cérebro pode pensar que ela ainda está dormindo, e manter a paralisia.

Percepções: Imagens e sons que aparecem durante a paralisia. A pessoa pode sentir presenças atrás dela ou pode ouvir sons estranhos. As percepções parecem-se muito com sonhos, possivelmente fazendo a pessoa pensar que ainda está sonhando. Algumas pessoas relatam sentirem um peso no peito, como se alguém ou algum objeto pesado estivesse pressionando-o. Há também pessoas que relatam terem saido do corpo, ou até "flutuar". Em projeciologia, este fenômeno natural é chamado de catalepsia projetiva, que são os momentos que precedem ou sucedem a projeção da consciência. Normalmente estamos inconsciêntes durante a projeção da consciência que ocorre durante o sono do corpo físico, mas alterações no padrão de sono, ou exercícios metódicos podem despertar a lucidez e trazer domínio da projeção da consciência.

Deixe a sua opinião sobre o artigo ou mesmo sinta-se livre para contar suas experiências de Paralisia do Sono.

Fonte: wikipedia

Graffiti com o uso de adereços

O artista de rua Michael Aaron Williams tem um graffiti estilo único que inclui o uso de adereços como flores, aviões de papel, barcos a vela de brinquedo, e muito mais. Confira esse fascinante trabalho!







Photos © Michael Aaron Williams.

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